Autodeclarando-se um otimista por natureza, o CEO do BTG Pactual, Roberto Sallouti, foi o convidado do segundo painel da Money Week nesta terça-feira (24), abordando as tendências de mercado para os próximos anos.
Em sua visão, a recuperação econômica do país pós-pandemia será tranquila, desde que Congresso e governo façam sua “lição de casa”.
“Se a gente não fizer besteira, vamos ter uma recuperação econômica do Brasil rápida e que vai surpreender a todos”, afirmou.
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O que você verá neste artigo:
Vacina e responsabilidade fiscal
Para Sallouti, a retomada do crescimento depende de dois fatores. O primeiro é a chegada da vacina.
O segundo, a responsabilidade fiscal por parte do governo e do Congresso.
“Com respeito ao teto de gastos, agenda de reformas e juros baixos mantidos, o resto acontece naturalmente. Vamos ter retomada, queda do desemprego e investimentos crescendo”, aponta.
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Previsões para Selic
Sallouti aponta que a Selic, taxa básica de juros, atualmente em 2%, está muito abaixo do equilíbrio. No entanto, em sua análise, os juros baixos são importantes, no momento, para estimular a economia.
Em sua visão, assim que o crescimento econômico retomar, deve haver pressão inflacionária. Daí, então, será hora de subir a Selic.
“Vamos ter que voltar a um juro de equilíbrio. Para uma inflação estimada em 3,5%, um juro real deve ser entre 2% e 3%, o que significa Selic a 5% a 6%”, afirmou, na Money Week.
“Antes da pandemia, a bolsa estava a 110 mil pontos com juro a 6,5%. Se voltarmos para lá, a bolsa vai para perto dos 200 mil pontos”, aposta.
Veja a transmissão completa
Desempenho do BTG na pandemia
No terceiro trimestre de 2020, o BTG Pactual teve o seu melhor trimestre histórico no banco de investimentos, com aumento de 43%, atingindo R$ 402,1 milhões.
Para Sallouti, o posicionamento da instituição durante a pandemia foi fundamental para o resultado.
“Já estávamos digitalizados na pandemia, esta foi uma vantagem. A gente visualizou a crise e estávamos capitalizados. Em um primeiro momento, apoiamos os investidores em seus portfolios, de acordo com o perfil. Depois, apoiamos as empresas com crédito. Isso se vê nos resultados, que nada mais são do que a consequência da satisfação dos nossos clientes, plantada nos trimestres anteriores”, afirma.
O fato de o BTG apostar fortemente em novas tecnologias também foi fundamental.
“Temos a flexibilidade de sermos novos no ‘jogo’. Isto significa que não precisamos usar sistemas antigos. Temos a vantagem de usar as melhores tecnologias, o que dá uma experiência melhor e única para os clientes. Temos a vantagem de não ter vícios, de poder pensar fora da caixa, trazer coisas novas”, diz.
Legados da pandemia
Sallouti frisou ainda durante a Money Week que a pandemia acelerou três tendências que irão se firmar nos próximos anos no sistema financeiro.
A primeira é a revolução digital, com clientes migrando fortemente para as contas digitais. “As agências bancárias não vão acabar em cinco anos. Mas em 20 anos, pode ser que acabem, é uma tendência e as coisas vão se acomodando neste período”, diz.
A segunda é a tendência de migração do investidor para a bolsa de valores e para a renda variável. “A necessidade de diversificação veio para ficar”, aponta.
A última é o ESG, sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa, que, para ele, já é uma realidade.
“A pandemia provou que as empresas que se preocupam em apoiar a sociedade e que mobilizam forças para isso são reconhecidas pelos clientes”, disse.
“São os três grandes legados da pandemia”, complementou.
Money Week: dicas para os investidores
Dono de um currículo admirável, de quem começou estagiário e chegou a CEO, tendo sempre trabalhado no BTG, Sallouti recomenda resiliência a todos. Tanto na carreira quanto nos investimentos.
Ele indica aos investidores procurar uma plataforma segura para investir, como as do BTG e da EQI. Também, a contar com o apoio de um assessor de investimentos. O que ajuda a entender objetivos de vida e a traçar metas.
Por fim, ele se disse orgulhoso em poder, via BTG, democratizar aos brasileiros o acesso ao mercado financeiro: “Algo que me deixa muito orgulhoso e feliz é poder fazer chegar a todos o que antes era só para multimilionários”.
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