Quem se planejou para fazer diferente com relação ao modo como lida com suas finanças, está na hora de colocar em prática os seus objetivos. Mas, qual o caminho para quem quer acumular patrimônio e como viver de renda?
O primeiro passo é organizar os gastos para obter um planejamento financeiro que realmente funcione.
O passo seguinte é definir objetivos e encontrar as melhores formas de investir para fazer o dinheiro trabalhar a favor deles.
Para isso, é necessário entender as modalidades de rendimento e ver qual melhor se ajusta ao seu perfil de investidor.
Parece complicado, mas não é.
Para facilitar a jornada, especialistas em finanças dão algumas recomendações, que veremos a seguir.
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Viver de renda: o que é acúmulo de patrimônio?
Acumular patrimônio consiste na reunião de bens como imóveis e/ou ativos financeiros, dentro de um determinado período de tempo.
O principal objetivo é obter liberdade financeira para que seja possível realizar metas, sonhos e até para garantir uma aposentadoria mais confortável.
Contudo, acumular patrimônio pode não parecer uma tarefa muito simples, pois requer a combinação de dois fatores simultâneos: poupar e investir.
Mas, antes de começar a busca por investimentos que contribuam para o crescimento de seu patrimônio, será necessária alguma dose de paciência e dedicação no controle do orçamento.
- Mais sobre viver de renda, leia também: Educação financeira – entenda o que é e por onde começar
Quais são os passos para acumular patrimônio e viver de renda?
Para acumular patrimônio, ao mesmo tempo em que se economiza e poupa o dinheiro que é gerado com o fruto de seu trabalho, você também deve saber fazer o seu dinheiro render.
Mas, antes de tudo, o primeiro passo para viver de renda é se atentar à base que irá fornecer esta sustentação: a organização do seu orçamento.
Veja o passo a passo a seguir:
Viver de renda: entenda e organize o seu orçamento
Para estruturar o seu orçamento, é fundamental conhecer suas fontes de renda e seus gastos. Uma boa maneira é anotar todas as entradas e saídas em uma planilha ou aplicativo.
Depois, separe os gastos por categorias como, por exemplo, gastos fixos, variáveis e supérfluos.
Assim que você visualizar a evolução do seu orçamento, terá mais clareza para cortar o que não precisa.
Contudo, vale reforçar que os especialistas em educação financeira alertam para os cortes muito radicais, como aqueles que eliminam gastos com experiências como lazer, cuidados pessoais e educação.
Na opinião deles, a adoção de tais práticas pode trazer frustração e, consequentemente, ser um fator desestimulante para manter uma organização saudável e perene.
Cuidado com as taxas e multas que você não percebe
Uma das formas mais eficientes de controle de gastos é ficar atento a algumas cobranças que recaem mensalmente sobre o orçamento, sem que se perceba.
Entre os campeões estão as cobranças de tarifas bancárias, anuidades, multas por atraso de pagamento e recorrência de assinatura de serviços pouco utilizados.
Todos esses itens podem ser inofensivos a princípio. Porém, dentro do prazo de um ano, apontam para um gasto nada desprezível.
Viver de renda: livre-se das dívidas!
Agora com o orçamento mais claro, é possível acompanhar a evolução de dívidas e parcelamentos.
Na avaliação de especialistas em finanças pessoais, elas são as principais vilãs de quem deseja acumular patrimônio.
“Não estou afirmando que você não deva contrair dívidas. No entanto, é preciso cuidado extremo ao entrar em qualquer tipo de parcelamento, mesmo que as taxas de juros pareçam muito atrativas”, avalia André Bona, educador financeiro e parceiro do BTG Pactual (BPAC11).
“Uma despesa minimamente aceitável é o financiamento imobiliário. Isso porque muitas pessoas sonham em adquirir a casa própria. Além disso, o imóvel adquirido ao fim do parcelamento será considerado um patrimônio”, completa o especialista.
Viver de renda: construa uma reserva de emergência
Para começar um planejamento financeiro mais sólido, o ideal é reservar um fundo para suprir qualquer eventualidade: a chamada “reserva de emergência”.
Não há certo ou errado nesse momento, cabe a cada um calcular o quanto precisa ter em mãos para o caso de uma situação que prejudique o recebimento de renda.
De modo geral, recomenda-se que seja feita uma reserva que possa assegurar o pagamento de todas as suas despesas fixas e variáveis pelo prazo mínimo de 6 meses.
Vale ressaltar que a construção da reserva de emergência faz parte da acumulação de patrimônio. Contudo, seu objetivo é garantir que quando imprevistos aparecerem, você estará mais preparado financeiramente para lidar com eles.
Viver de renda: defina metas para acumular patrimônio
Agora é o momento de migrar o orçamento do “real” para o “ideal”. Para isso, é necessário traçar objetivos e metas mensuráveis para determinar um valor mensal para poupar e investir.
Depois de começar a poupar para a reserva de emergência, você terá mais estabilidade para investir o seu dinheiro e acompanhar as etapas de rendimento de cada aplicação.
Para escolher a opção que melhor se enquadra no seu perfil financeiro, tenha em mente em quanto tempo pretende dispor desse retorno, o que irá variar de acordo com cada objetivo.
Para facilitar o caminho, defina prioridades como:
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- Qual é a minha meta?
- Em quanto tempo planejo alcançá-la?

Como deve ser a construção de patrimônio ao longo da vida. Reprodução/EQI
Viver de renda: investindo com foco no longo prazo
Para acumular patrimônio, é preciso começar a investir. Pensando nisso, a estratégia que trará mais benefícios é com foco no longo prazo.
Isso porque, segundo observam os especialistas, quanto mais tempo os valores permanecem investidos, maior costuma ser sua rentabilidade.
“Dentre as vantagens (do longo prazo), posso destacar que não é necessário analisar frequentemente os investimentos e, além disso, você poderá pagar menos impostos e ter maior rentabilidade em suas aplicações”, avalia André Bona.
Contudo, ele complementa que para que o investimento constitua um bom patrimônio, será preciso escolher bons ativos.
“Não adianta optar por um investimento de longo prazo, no qual a quantia ficará aplicada por um bom tempo sem a necessidade de análises aprofundadas e cálculos financeiros, se o ativo não tiver uma boa rentabilidade”, ressalta o educador.

Reprodução/Pixabay
Diversifique os investimentos
Quem começa a investir sabe que diversificar é uma premissa básica. Afinal, nunca se deve direcionar todo o seu dinheiro a um único investimento, pois se o ativo se perder ou começar a dar prejuízo, todo o recurso aplicado será perdido.
Neste sentido, André Bona dá a dica: “Se for investir em algum produto financeiro disponível no Brasil, alterne a sua carteira entre aplicações de renda fixa e variável, por exemplo.
Se pretende priorizar ações, nunca aplique toda a quantia que possui em ativos de uma única empresa.
Já se deseja investir em imóveis, adquira vários de menor valor em vez de um único mais caro”, explica o educador financeiro.
- Mais sobre viver de renda: Leia também: Quando e como fazer o rebalanceamento de carteira?
Invista seus próprios recursos
A decisão de começar a investir deve acontecer a partir dos próprios recursos, aqueles obtidos pelo seu trabalho ou gerados de algum investimento que tenha realizado.
Isto significa que jamais é recomendado contrair uma dívida com a finalidade de investimento.
“Até porque grande parte dos ganhos (caso eles ocorram) será destinada ao pagamento da dívida contraída. Além disso, você correrá o risco de o ativo não gerar o retorno esperado e de ter que arcar com os prejuízos dos valores perdidos”, alerta Bona.
Viver de renda: o que é e como começar?
Viver de renda significa investir dinheiro e fazer com que ele trabalhe para você.
Contudo, isso não é algo instantâneo, mas sim, uma meta de médio a longo prazo, que será calcada na formação de um patrimônio que lhe permita ter liberdade financeira.
Dessa forma, é preciso adquirir ativos que gerem retornos, sem que seja preciso trabalhar para isso.
“Uma forma clássica para viver de renda a é a aquisição de imóveis para disponibilizá-los para aluguel. Outro exemplo é a rentabilidade de títulos públicos, ou até mesmo os dividendos pagos referentes aos investimentos em ações”, comenta o educador financeiro.
- Mais sobre viver de renda, veja também: Tudo sobre renda passiva
Por que viver de renda?
Mesmo que pareça uma realidade distante da atual, acumular um patrimônio que permita viver de renda é algo possível de ser feito.
Para não perder o foco no meio do caminho é importante sustentar este objetivo. Para isto, basta se concentrar nas vantagens que viver de renda pode oferecer:
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- Viver com mais qualidade de vida;
- Aposentar-se mais cedo;
- Planejar-se para realizar sonhos;
- Ter liberdade financeira para morar onde quiser;
- Dedicar-se a hobbies e outros projetos pessoais.
Onde investir para viver de renda?
Mas, como é possível saber onde investir de maneira alinhada às suas demandas?
A decisão depende de uma série de fatores, tais como:
- Perfil investidor;
- Definição de metas realistas;
- Manter-se em uma constante aprendizagem em relação às finanças;
- Manter o foco e a disciplina financeira.
Melhores investimentos para viver de renda passiva
A principal dica para viver de renda é montar uma carteira de investimentos que esteja condizente com os seus objetivos.
Existem investimentos que são excelentes para uma finalidade e péssimos para outros.
Para definir a melhor aplicação para você, vale a pena se informar para conhecer riscos e oportunidades.
Alguns investimentos mais comuns para quem quer viver de renda são:
Tesouro Direto
Tesouro Direto é o nome do programa de venda de Títulos de Dívida Pública (títulos públicos) diretamente ao investidor. Por isso, o “Direto” no nome.
Ao adquirir os títulos do Tesouro Direto, o investidor está adquirindo papéis referentes à dívida do governo federal. Eles são emitidos para financiar os gastos do governo com saúde, educação e infraestrutura, etc.
Em outras palavras, ao comprar esses títulos o investidor está emprestando seu dinheiro ao governo em troca de uma remuneração por um determinado período de tempo.
O que são os Títulos Públicos?
Um título público é um título de dívida do governo brasileiro, ou seja, o investidor empresta para o governo em troca de receber uma remuneração futura sobre o valor emprestado.
Cabe ressaltar que o governo é considerado o melhor “devedor” do país, de forma que os títulos do Tesouro são considerados os investimentos mais seguros do Brasil.
Por que os títulos do Tesouro são vendidos?
Essa é uma pergunta frequente de quem está começando a investir no Tesouro Direto.
O governo naturalmente é “deficitário”, ou seja, a soma das suas despesas e dos juros de empréstimos do passado são maiores que suas receitas com recolhimento de tributos.
Assim, o governo utiliza a venda de títulos para captar recursos para financiar o déficit da “máquina pública” em um ciclo infinito, que no final das contas gera a inflação.
Tesouro Direto: acesso de investidores aos Títulos Públicos
O Tesouro Direto foi criado em 2002 através de uma parceria entre o Tesouro Nacional e a BM&F Bovespa (atual B3), a fim de democratizar o acesso aos títulos.
Antes do lançamento do programa, investir na dívida pública era inviável para pessoas físicas.
Isso porque os títulos eram vendidos somente em lotes muito grandes, para bancos ou investidores qualificados.
Para ter ideia, o lote mínimo para compra de títulos era de R$ 3 milhões no sistema Selic.
Dessa forma, o investidor só tinha acesso através de fundos de investimentos, que cobravam elevadas taxas.
Por que investir no Tesouro Direto
Como já vimos, os investimentos no Tesouro Direto financiam as atividades do governo federal.
E, pelo fato de terem a garantia do governo, esses investimentos são considerados os mais seguros do mercado financeiro.
Além disso, o Tesouro Direto oferece títulos adequados a vários contextos e tipos de investidores.
Nesse sentido, há aplicações próprias para quem deseja mais liquidez; outras, para quem tem o objetivo de proteger o patrimônio da inflação, e assim por diante.
Fundos Imobiliários
Os Fundos de investimentos imobiliários (FIIs) são veículos financeiros que têm a obrigatoriedade de aplicar seus recursos em imóveis ou títulos de crédito desse mercado em um percentual não inferior a 75%.
Os FIIs são fundos fechados com cotas negociadas em bolsa de valores.
Na maior parte dos Fundos Imobiliários, os investidores se juntam em uma sociedade que é dona de um empreendimento, que pode ser um prédio comercial, um shopping, um hospital, entre outros.
Na maior parte das vezes, a intenção é gerar renda de aluguéis. Assim, quando você compra um fundo imobiliário, você está comprando uma pequena parte de um prédio.
Outra alternativa é comprar fundos de Fundos Imobiliários. Ou seja, fundos de investimentos que compram a participação em outros Fundos Imobiliários.
- Fundos Imobiliários: Saiba como investir!
Por que investir em Fundos Imobiliários?
Os Fundos Imobiliários têm uma característica bastante atrativa aos investidores, pois eles pagam dividendos mensais a seus cotistas, assim como o pagamento do aluguel em um imóvel tradicional.
A grande vantagem é que esse recebimento é isento do pagamento de imposto de renda, conforme Lei 11.196 de 2005.
Tipos de Fundos de Investimentos Imobiliários
Veja a seguir os principais tipos de FIIs disponíveis para investimento no mercado.
Fundos Imobiliários de recebíveis
Os fundos de recebíveis ou “fundos de papel“ são fundos de investimentos imobiliários que aplicam seus recursos em títulos de crédito do mercado de imóveis.
Isso quer dizer que seu patrimônio não é alocado diretamente nos imóveis físicos, apenas utilizando-os como lastro para suas operações.
Em vez disso, os recursos são aplicados em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Eles são títulos emitidos por securitizadoras para antecipar o fluxo de recebíveis de um determinado imóvel.
- Fundos de papel: saiba o que são e como funcionam esses FIIs.
Fundos Imobiliários de Tijolo
Os fundos de tijolo são os fundos mais tradicionais do mercado e os mais fáceis de entender.
Isso porque seu padrão de investimento segue a ideia geral de auferir renda por meio do investimento em imóveis. Só que no caso dos fundos, isso acontece em uma escala muito grande.
A razão disso é que os imóveis alvos dos Fundos Imobiliários têm alto valor e geralmente só podem ser adquiridos por esses investidores institucionais.
São shoppings centers, hospitais, sedes de grandes grupos educacionais e agências bancárias, por exemplo.
Assim, a sistemática do recebimento de proventos segue a lógica do pagamento de aluguel.
Fundo de fundos (FOFs)
O fundo de fundo (FOF) é aquele que investe seus recursos em outros Fundos Imobiliários.
Existem algumas vantagens nesse modelo. O primeiro benefício é pulverizar o risco do investimento. Como a carteira de um FOF normalmente tem entre 20 e 25 fundos diferentes, o risco é amenizado.
Há também a vantagem de economizar tempo, pois o investidor não precisa analisar vários fundos para escolher o que mais lhe agrada. Esse trabalho fica a cargo do gestor do fundo.
Fiagro
O Fundo de Investimento no Agronegócio (Fiagro) é um tipo especial de FII, cujo objetivo é investir em imóveis pertencentes ao setor do agronegócio.
Assim, os recursos do fundo são empregados em terras agrícolas e operações advindas do agronegócio, todas pertinentes ao ramo imobiliário.
Também integram o portfólio desses fundos os títulos de créditos emitidos por agentes do mercado que integrem a cadeia produtiva do agronegócio, como os CRAs.
Viver de renda: comece hoje a construir seu patrimônio
Obter conhecimento é o caminho mais eficiente para acumular patrimônio e viver de renda.
É sempre importante destacar que ter uma carteira de investimentos variada é o que vai garantir que você receba dividendos e rendimentos de forma passiva, construindo o seu patrimônio a longo prazo, de forma planejada e consistente.
Além disso, para poupar dinheiro e acumular patrimônio, é necessário trabalhar o seu dinheiro de forma eficiente.
Isto envolve algumas estratégias que surgem da disciplina e da educação financeira.
Lembre-se que os sonhos e objetivos de vida não devem ser resultado de privação, mas sim de uma construção, conforme orientam os especialistas.
O consumo inteligente é tão importante quanto a dedicação em poupar.
E, para finalizar: quanto mais você se envolve com o seu sonho, mais ele parte da sua vida, aproximando você da realização.
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