O principal destaque positivo das altas e baixas do Ibovespa é o GPA (PCAR3), que avança após a reação à medida defensiva do Assaí (ASAI3) contra o GPA e o Casino para não herdar dívidas tributárias da antiga controladora, da qual se separou em 2020.
Logo em seguida vem a Cogna (COGN3), que mantém sua trajetória altista em 2025, mesmo sem apresentar notícias corporativas recentes. Neste ano, as ações da empresa de educação acumulam valorização próxima de 200%.
As construtoras Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3) e a varejista C&A Brasil (CEAB3) também avançam, impulsionadas pela queda dos juros futuros.
Principais altas do dia
| Nome | Último (R$) | Variação | Var. % |
|---|---|---|---|
| Pão de Açúcar ON | 4,39 | +0,15 | +3,54% |
| Cury ON | 33,44 | +0,68 | +2,08% |
| Direcional ON | 15,74 | +0,28 | +1,81% |
| Cogna ON | 3,20 | +0,06 | +1,91% |
| C&A Modas ON | 17,25 | +0,25 | +1,47% |
Braskem lidera quedas após anúncio sobre estrutura de capital
Entre as altas e baixas negativas, a Braskem (BRKM5) lidera as perdas. A companhia informou que contrata assessores financeiros e jurídicos para elaborar diagnóstico de alternativas econômico-financeiras com o objetivo de otimizar sua estrutura de capital.
A medida vem em meio ao prolongado ciclo de baixa da indústria petroquímica global, que pressiona os resultados da companhia. A Braskem reforça o compromisso com seus stakeholders e mantém foco na implementação de iniciativas para mitigar os impactos do cenário adverso.
A MRV (MRVE3) e a Azzas 2154 (AZZA3) também recuam por movimento natural do mercado, enquanto Vale (VALE3) e Bradespar (BRAP4) operam em queda repercutindo a desvalorização do minério de ferro em Dalian, que fecha a semana no vermelho.
Principais baixas do dia
| Nome | Último (R$) | Variação | Var. % |
|---|---|---|---|
| Braskem PN | 7,30 | -0,94 | -11,41% |
| MRV ON | 7,30 | -0,16 | -2,14% |
| Vale ON | 57,01 | -1,20 | -2,06% |
| Bradespar PN | 16,83 | -0,34 | -1,98% |
| Azzas 2154 ON | 30,55 | -0,36 | -1,16% |
Fora do Ibovespa: Gol e Azul disparam após fim de negociações
Fora do índice, Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) sobem 5,31% e 15,24%, respectivamente, após o encerramento das negociações sobre possível fusão entre as companhias.
A Gol informa que sua controladora Abra Group Limited encerra formalmente as discussões para a combinação de negócios, iniciadas em janeiro, citando o foco da Azul em seu processo de recuperação judicial nos Estados Unidos.
Paralelamente, ambas também anunciam o fim do acordo de cooperação comercial (codeshare) firmado em maio de 2024, garantindo a validade de todos os bilhetes emitidos.
Com isso, a Gol mantém operação com 147 rotas domésticas e 42 internacionais, enquanto a Azul reafirma o compromisso com o fortalecimento de sua estrutura de capital.
Altas e baixas: contexto do mercado
No Brasil, o IPCA-15, considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,48% em setembro, segundo dados divulgados nesta manhã pelo IBGE. O resultado interrompeu a deflação de 0,14% observada em agosto e ficou próximo da expectativa do mercado, que projetava alta de 0,51%. No acumulado de 12 meses, a inflação medida pelo índice avançou para 5,32% próximo ao consenso de 5,36%, contra 4,95% registrados no mês anterior.
Destaque também para o Relatório de Política Monetária do Banco Central, no qual o BC reduziu de 2,1% para 2% sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Em 2024, o PIB foi de 3,4%.
Para o ano de 2026, ano de eleições presidenciais, o BC projetou um crescimento menor ainda: de 1,5%. Esta é a primeira vez que a instituição divulga uma estimativa para a atividade no próximo ano.
No ambiente político, permanece no radar a expectativa de uma conversa entre Trump e Lula, que vem sustentando o clima de otimismo e ajudou a manter o Ibovespa próximo dos 146 mil pontos, mesmo com o dólar em alta.
No corporativo, o Assaí (ASAI3) protocolou ação cautelar com pedido liminar em caráter antecedente a procedimento arbitral contra o Casino e o GPA (PCAR3).
E no exterior
No exterior, os Estados Unidos divulgaram o PIB do segundo trimestre, que registrou um crescimento de 3,8% no segundo trimestre de 2025, em termos anualizados, conforme a terceira e última estimativa divulgada recentemente pelo Departamento de Comércio. O dado veio acima da segunda leitura, que apontava uma alta de 3,3%, e também superou as expectativas de analistas.
A agenda inclui ainda a fala de sete dirigentes do Federal Reserve, que têm reiterado a preocupação com a trajetória da inflação, em linha com os comentários recentes de Jerome Powell.
Para sexta-feira (26), o foco se volta ao índice PCE, medida de inflação preferida do Fed, que assume ainda mais relevância diante do novo ciclo de cortes de juros no país.
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