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Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11): resultados do 4TRI20 não devem surpreender, diz Banco Inter

Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11): resultados do 4TRI20 não devem surpreender, diz Banco Inter

A expectativa para os resultados do quarto trimestre das empresas do setor de papel e celulose não devem surpreender, diz o Banco Inter (BIDI11).

Análise feita pelo banco prevê que os resultados devem vir em linha com o 3TRI20, mas fortes em termos de sazonalidade.

As receitas das empresas devem ser impactadas por volumes em leve alta, porém com preços estáveis em relação ao trimestre anterior. Já as margens das empresas devem sofrer no 4TRI20.

“Na celulose, uma maior demanda por parte da China, bem como alta de preços de celulose de fibra longa colaboraram para que as fabricantes de celulose de fibra curta anunciassem consecutivos aumentos de preços ao longo do trimestre, após um longo período de pressão compradora”, diz o Banco Inter.

A velocidade para implementar estes aumentos mostra que o segmento pode ter chegado a um ponto de inflexão e que ao longo de 2021 deverá haver mais aumentos de preços, colaborando para recuperação de margens no setor.

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No segmento de papel, com a pandemia segmentos como Imprimir e Escrever encolheram, porém outros, como tissue e embalagens avançaram consideravelmente espelhando mudança nos padrões de consumo.

“No 4T20, o movimento de consumo advindo do e-commerce manteve-se e devemos ver maiores volumes de embalagens, com caixas de papelão e papel cartão avançando. Além disso, os aumentos de preços feito pelas fabricantes de papel contribuíram para suavização da pressão nas margens, melhorando a sustentabilidade da indústria como um todo”, analisa o Banco Inter.

Desta forma, os analistas revisaram os preços-alvos dos ativos de papel e celulose.

Para Suzano (SUZB3) a elevação foi de R$ 56/ação para R$ 68/ação, mantendo a recomendação de neutra. Para Klabin (KLBN11), o preço-alvo subiu de R$ 33/ação para R$ 35/ação, mantendo a recomendação de compra.

 

Projeção para 2021

A expectativa do Banco Inter é de que o setor de celulose melhore ao longo de 2021, com preços e demanda crescentes, o que deve contribuir para maiores margens, especialmente para as produtoras brasileiras que já contam com um custo de produção abaixo da média mundial.

No 1T21 devem ser observados preços mais altos, resultante dos anúncios efetuados no 4T20 e ao longo de janeiro.

“No segmento de papel, a demanda por produtos de embalagens segue forte, contribuindo para maiores volumes e aumentos de preços. Com isso, alteramos nossas estimativas para preço médio de celulose fibra curta em US$ 572/t em 2021 e US$ 550/t no longo prazo”, pontua a análise.

 

Klabin: margens mais limitadas

Para a Klabin, o Banco Inter prevê que os resultados do 4T20 devem vir impactados pela parada para manutenção efetuada em dezembro na planta Puma, após postergações ao longo do ano devido aos efeitos da pandemia.

Assim, deve haver volumes de produção e vendas levemente abaixo do observado no 3T20, o que devem limitar avanços de receitas, já que os aumentos de preços de celulose anunciados deverão ver vistos em maior magnitude a partir do 1T21.

Com relação a embalagens, a demanda continua forte, bem como a implementação de aumentos de preços. A companhia deve fechar o ano com volumes vendidos acima dos 5,5% de crescimento de mercado, conforme anunciado pela ABPO, além de melhores preços, já observados nos resultados do 4T.

“Assim, esperamos que as receitas venham em R$ 3.154 mm, leve alta de 1,5% t/t e 17% maior que o 4T19. O Ebitda do trimestre deve somar R$ 1.020 mm, 18% menor que o 3T20, porém 6% acima do mesmo período de 2019”, pontua o relatório.

 

Suzano: forte sazonalidade

A Suzano deve trazer no 4TRI20 resultados fortes sazonalmente e em linha com o observado no 3T20.

Na celulose, deve haver volumes menores na comparação trimestral, porém maiores quando comparado ao mesmo trimestre de 2019. Em termos de preços, os aumentos anunciados ao longo do 4T deverão ser sentidos apenas no 1T21, ficando, então, em linha com o 3T20.

O custo caixa da Suzano deverá ser impactado pela parada para manutenção, o que deverá afetar as margens no período.

Já no segmento de papel, sob efeito da pandemia, os volumes retraíram, especialmente Imprimir e Escrever. Desde o 3T, as vendas seguem recuperando e no 4T não foi diferente. Assim, deve haver avanços nos volumes vendidos na comparação trimestral, apesar de queda quando comparado ao ano anterior.

“Por fim, nos dados consolidados, esperamos que as receitas fechem o trimestre em R$ 7.462 mm, estável ante o 3T20 e 6% maior que o 4T19. Com relação ao EBITDA, esperamos que o mesmo chegue a R$ 3.290 mm, uma queda de 13% ante o trimestre anterior, devido aos impactos nos custos”, dizem os analistas do Banco Inter.