A bolsa de valores caiu 0,78% nesta terça-feira (26), na volta do feriado de aniversário da cidade de São Paulo (por isso, a bolsa não operou nesta segunda). É a quinta sessão diária seguida em baixa. O índice fechou em 116.464,06 pontos.
O Ibovespa vai caindo pouco a pouco, afetado pela expectativa da elevação dos juros, enquanto Wall Street segue em estabilidade.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reafirma, em sua ata divulgada hoje, a decisão de manter a taxa básica de juros, Selic, em 2%. Mas revela que alguns membros já levantaram questionamentos. O mercado já começa a precificar essa tendência de aumento.
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Além disso, o ministério da Economia já aceita discutir a volta do auxílio emergencial, desde que condicionada à cortes de gastos.
Na mínima de hoje, o Ibovespa ficou em 116.479,63 pontos (-0,77%); e na máxima foi a 119.167,14 pontos (+1,52%).
O volume financeiro negociado foi de R$ 35,140 bilhões.
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Em janeiro, a alta acumulada é de menos 2,15%, a mesma do ano.
Confira a evolução do Ibovespa na semana, em cada fechamento de sessão:
- segunda-feira (25): feriado (não operou)
- terça-feira (19): -0,78% (116.464,06 pontos)
- semana: -0,78% (116.464,06 pontos)
O que você verá neste artigo:
Dólar
O dólar despencou nesta terça. A moeda norte-americana caiu 3,30%.
- segunda-feira (25): feriado (não operou)
- terça-feira (19): -3,30% a R$ 5,3269
- semana : -3,30% a R$ 5,3269
Euro
- segunda-feira (25): -0,25% a R$ 6,6347
- terça-feira (19): -1,82% a R$ 6,5142
- semana : -2,07% a R$ 6,5142
Bolsa em Nova York e cenário mundial
Wall Street operou na estabilidade nesta terça-feira, mesmo com as empresas relatando lucros maiores do que o esperando pelos analistas, nesta temporada de balanços por lá.
É claro que ajuda a resposta imediata e séria que o novo presidente Joe Biden tem dado ao mundo: além o estímulo de quase US$ 2 trilhões de dólares, seu governo pretende aumentar em 50% a meta ousada de vacina 100 milhões de pessoas nos primeiros 100 dias de governo, chegando a 150 milhões e atingindo quase metade da população. Ele entendeu que a economia só vai reagir quando a população estiver segura.
Os casos de Covid-19 atingiram mais de 100 milhões em todo o mundo. Isso oficialmente, pois tem-se noção de que há muita subnotificação, especialmente os assintomáticos e nos países com menos recursos para comprar e desenvolver testes.
A Moderna disse ontem (25) que sua vacina oferece alguma proteção contra uma variante encontrada na África do Sul, enquanto autoridades estadunidenses relataram o primeiro caso confirmado nos EUA da cepa encontrada no Brasil e que vem massacrando Manaus e Rondônia.
Enquanto isso, na Europa, a AstraZeneca foi acusada pela União Europeia de não se esforçar o suficiente para resolver a disputa sobre quantas doses ela será capaz de fornecer ao bloco. A vacina AstraZeneca ainda não foi aprovada pela Agência Europeia de Medicamentos, mas prevê-se que seja em breve. A AstraZeneca disse na semana passada que está enfrentando problemas de produção.
Essa é uma das duas únicas vacina aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, para uso emergencial.
De qualquer forma, os índices subiram por lá. Até mesmo o italiano.
Na Itália, o primeiro-ministro Giuseppe Conte renunciou hoje, mergulhando o país em mais turbulência política em meio a crises simultâneas de saúde e econômicas. A mudança ocorre após semanas de tensões entre Conte e Matteo Renzi, que debandou da aliança governista semana passada. É a mais profunda crise italiana nesta século.
Índices EUA
- S&P 500: -0,15%
- Nasdaq: -0,07%
- Dow Jones: -0,07%
Índices Europa
- Euro Stoxx 50: +1,12%
- DAX (Alemanha): +1,66%
- FTSE 100 (Inglaterra): +0,23%
- CAC 40 (França): +0,94%
- IBEX 35 (Espanha): +0,86%
- FTSE MIB (Itália): +1,15%
Índices Ásia
- Shanghai (China): -1,15%
- SZSE Component (China): -2,28%
- China A50 (China): -1,94%
- DJ Shanghai (China): -1,75%
- Hang Seng (Hong Kong): -2,55%
- Nikkei 225 (Japão): -0,96%
- KOSPI (Coreia do Sul): -2,14%
- S&P/ASX 200 (Austrália): +0,36%
Brasil: ambiente político e econômico
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou hoje sua ata da última reunião, a 236ª e primeira de 2021, realizada dias 19 e 20 de janeiro.
No documento, o comitê reafirma a decisão de manter a taxa básica de juros, Selic, em 2%. Mas revela que alguns membros já levantaram questionamentos durante esta reunião sobre o início de um “processo de normalização da política monetária, reduzindo o grau extraordinário dos estímulos”.
Dia também de Boletim Focus, do Banco Central, com projeção de aumento da Selic, da inflação e também do PIB em 2021.
A Selic, taxa básica de juros, subiu de 3,25% da semana passada para 3,50%. E confirma a expectativa por aumento iminente.
Na semana passada, o Copom votou por manter a Selic em 2% por enquanto, mas com retirada do forward guidance, que abre caminho para alteração dos juros. A Selic também foi aumentada nas projeções para 2022: indo de 4,5-% para 5%.
A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) em 2021 foi de 3,43% da semana passada para 3,50% esta semana. Há quatro semanas, a projeção era de alta de 3,34%.
O Produto Interno Bruto (PIB) também teve alta: de 3,45% para 3,49%, voltando ao patamar de quatro semanas atrás.
O câmbio foi mantido em R$ 5, o que vem em uma sequência de cinco semanas.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou também hoje os números revisados das projeções para o PIB global. Em relação ao Brasil, o destaque do relatório ‘World Economic Outlook’ foi a melhora no comparativo com os números divulgados em outubro.
De acordo com o fundo, que antes previa uma retração de 5,8% para o País em 2020, a queda ficará “apenas” em 4,5% para o período. Mesmo assim, ainda maior do que o tombo global, antes previsto para 4,4%, e agora revisto para 3,5% no fechamento do ano que se encerrou recentemente.
“Apesar do alto e crescente custo humano da pandemia, a atividade econômica parece estar adaptando-se a atividades intensivas de contato moderadas com o passar do tempo. Finalmente, medidas adicionais anunciadas no final de 2020 – principalmente nos Estados Unidos e no Japão – são esperadas para fornecer mais apoio em 2021–22 à economia global”, avaliou o FMI, em nota.
Por fim, o Ministério da Economia já aceita discutir uma nova rodada do auxílio emergencial, desde que condicionada à realização de um acordo com o Congresso para aprovação rápida de medidas de corte de gastos.
No entanto, a decisão só deve ser tomada após eleições para presidência da Câmara e do Senado – marcadas para 1.º de fevereiro –, quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende abrir diálogo para a aprovação das medidas.
Os principais candidatos ao comando de Câmara e do Senado são favoráveis à nova rodada do auxílio em meio ao avanço da pandemia. Isso está forçando o governo a rever os planos, ao mesmo tempo que cresce a pressão para o governo acelerar as negociações para comprar vacinas para imunizar a população e destravar a economia.
Bolsa: ações
Das 81 ações negociadas na bolsa, 24 subiram e as outras 57 caíram em relação ao dia anterior.
Mais negociadas
- Vale (VALE3): R$ 91,75 (-1,52%)
- Petrobras (PETR4): R$ 27,00 (-0,33%)
- Itaú Unibanco (ITUB4): R$ 28,25 (-3,34%)
- Bradesco (BBDC4): R$ 24,41 (-2,40%)
- Eletrobras (ELET3): R$ 27,31 (-9,69%)
Maiores altas
- BR Distribuidora (BRDT3): R$ 22,90 (+9,57%)
- Raia Drogasil (RADL3): R$ 25,87 (+3,31%)
- Hapvida (HAPV3): R$ 17,90 (+2,99%)
- Suzano (SUZB3): R$ 66,20 (+2,86%)
- Via Varejo (VVAR3): R$ 14,52 (+2,33%)
Maiores baixas
- Eletrobras (ELET3): R$ 27,31 (-9,69%)
- Eletrobras (ELET6): R$ 28,50 (-6,80%)
- Metalúrgica Gerdau (GOAU3): R$ 10,92 (-5,78%)
- IRB Brasil (IRBR3): R$ 6,53 (-5,64%)
- Gerdau (GGBR4): R$ 24,05 (-5,17%)
Outros índices brasileiros
- IBrX 100: -0,84% (49.566,16 pontos)
- IBrX 50: -0,85% (19.321,28 pontos)
- IBrA: -0,79% (4.639,01 pontos)
- SMLL: -1,14% (2.698,32 pontos)
- IFIX: -0,04% (2.861,74 pontos)
- BDRX: -1,33% (12.441,88 pontos)
Commodities
- Brent (para março): US$ 55,91 (+0,05%)
- WTI (para março): US$ 52,61 (-0,30%)
- Ouro (fevereiro): US$ 1.850,90 (-0,23%)
Com Wisir Research e CNBC
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