As criptmoedas também foram tema de painel na Money Week nesta terça-feira (26). Para debater o tema, foram convidados André Portilho, sócio do BTG Pactual e responsável pela área de Digital Assets e head da Mynt, Fabrício Tota, diretor de novos negócios do Mercado Bitcoin, e Stefano Sergole, sócio e diretor de distribuição da Hashdex.
- Você pode acompanhar o painel na íntegra, clicando aqui. Aproveite e faça sua inscrição para acompanhar os próximos dias do evento, que é online e gratuito e segue até sexta-feira (29).
Criptomoedas: mercado sofisticado
André Portillo defende que, apesar da aura sofisticada do mercado de moedas digitais, ele é uma evolução natural, assim como toda tecnologia nova.
E como tal, toda novidade causa alvoroço, como foi o caso do primeiro ETF de bitcoins listado em uma bolsa americana – o ProShares Bitcoin Strategy, que estreou na semana passada. Para Tota, Wall Street finalmente atendeu a uma demanda natural da sociedade, neste caso.
“Temos um ecossistema de criptomoedas muito pujante no exterior e no Brasil. Estar exposto a essa tecnologia reflete uma demanda que já existe”, afirma.
Como se expor a criptomoedas e qual o grau de risco?
Tota ousa em dizer que “beira a irresponsabilidade não ter cripto hoje em dia”. “Você tem um problema de inflação que é encarado tanto fora como aqui no Brasil. E você tem uma alternativa de um ativo ou uma classe que pode te proteger disso tudo. A ideia da cripto se torna, assim, ainda mais importante”, afirma.
Ele coloca ainda que o investidor precisa conhecer seu grau de tolerância à volatilidade. E que as últimas semanas têm sido muito educativas nesse sentido, dando um pouco da dimensão de como é trabalhar com isso.
Começar devagar
Stefano Sergole afirma que as moedas digitais são uma alternativa para o investidor brasileiro e global, mas é preciso começar devagar, prestando atenção no prazo.
Dada a simetria que existe nessa possível nova classe de ativos, Portilho diz que existem riscos internos e externos, pensando a longo prazo. Por isso, para o investidor com menos experiência, a dica é sentir-se confortável com os investimentos e procurar entender cada vez mais sobre o assunto.
Uma virada de 2017 para 2021
Tota lembra que não existiam no Brasil tantos profissionais capacitados para trabalhar no mercado de criptos, e que por isso foi construído um universo para importar gente qualificada.
“O cenário brasileiro foi extremamente desafiador. Passamos por um ‘inverno cripto’ e tínhamos uma plataforma que precisava ser desenvolvida e evoluir. Hoje, temos um cenário em que muito foi investido e muito foi conquistado”, finaliza ele.
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