Atualmente, a bolsa de valores vem reportando oscilações constantes, decorrentes das medidas adotadas durante a crise do coronavírus e da consequente elevação da inflação, além dos sempre presentes ruídos políticos.
Por isso, o momento é de rebalanceamento de carteira, para que o investidor possa se posicionar melhor diante do novo cenário.
Dentre as ações, uma das opções para os investidores, no momento, é se proteger em ativos conhecidos por sua segurança.
Neste contexto, o segmento de energia é considerado por boa parte dos analistas de investimentos como um dos mais resilientes do mercado. Por isso, eles recomendam que o investidor tenha sempre alguma empresa de energia em sua carteira.
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Mas vamos falar um pouco mais sobre energia elétrica? Confira nesse artigo.
Energia
A razão pela qual as empresas de energia estarem entre as mais recomendadas é que elas, tradicionalmente, não costumam sofrer grandes alterações em seus preços.
Outro fator é que, em caso de uma crise abrupta, os governos correm para salvaguardar estas companhias, visto que sem energia elétrica a produção para, o comércio fecha as portas e a comida estraga na geladeira.
Na atual crise, relacionada à pandemia, por exemplo, o setor foi também afetado, como todos os outros, mas sofreu bem menos.
A redução da atividade da indústria e do comércio devido à Covid reduziu a demanda por energia. Como consequência, as empresas de energia tiveram uma desvalorização acentuada das ações.
O IEE, Índice de Energia Elétrica, carteira teórica da B3, caiu 23,70% em março, e entre abril e junho avançou 21,70%. Comparativamente, o Ibovespa despencou 29,90% em março e subiu 30,18% entre abril e junho.
Entenda o segmento de energia
O setor elétrico brasileiro atual é dividido em três grandes grupos: geração, transmissão e distribuição.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é responsável por regular o sistema como um todo dentro de suas competências legais.
As empresas de geração são bastante estáveis, mas podem enfrentar o risco climático. Com a falta de chuva, a energia pode escassear, sendo necessárias medidas de racionamento. O ideal é que estas empresas tenham sua fonte de energia em diferentes matrizes, como eólica , solar , hídrica e térmica.
O papel das empresas de transmissão é levar a energia elétrica da fonte geradora até os responsáveis pela entrega ao cliente final (distribuidores). A transmissão é o negócio mais seguro e estável de toda a cadeia, uma vez que as empresas basicamente transportam e energia entre a geração e distribuição.
A distribuição, por sua vez, é o mais difícil dos subsegmentos. Isso porque o Brasil possui muita perda operacional por ligações clandestinas e as empresas acabam por gastar muito com controles e prevenção.
Aneel
Para se ter ideia da força do setor, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) destaca que o Brasil possui, hoje, cerca de 171 mil megawatts de potência fiscalizada, sendo que 74% provém de fontes sustentáveis e de baixa emissão de gases do efeito estufa.
Desta forma, segundo a autarquia, a matriz energética brasileira é uma das menos poluentes entre as principais economias do mundo. O Brasil consome mais de 510 gigawatts anualmente.
Vale destacar, porém, que o país está passando por uma crise hídrica, e isso fez o valor das tarifas dispararem, visto que a matriz energética nacional é extremamente dependente dos recursos hídricos.
Boas razões para investir nas elétrica
Dentre as razões para investir em ações de empresas de energia elétrica estão os seguintes pontos:
- A energia é essencial. Logo, a recuperação do setor é garantida.
- O mercado de energia não tem tantos players quanto o de varejo, por exemplo.
- O setor é baseado em contratos entre empresas e governos, o que garante mais estabilidade.
- Outro ponto bastante favorável é o pagamento de dividendos. Uma característica marcante do setor é que estas empresas são boas pagadoras de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). Isso porque são empresas mais sólidas e consolidadas, que não necessitam reinvestir tanto de seu lucro no negócio.
Explicamos tudo sobre dividendos e JCP neste outro post.
Ações
Em se tratando de ações de empresas de energia, o investidor deve sempre se ater ao noticiário dos leilões, privatizações e fusões. Outro detalhe é que o que comanda a variação das ações no setor é mesmo oferta e demanda.
Conheça as ações que fazem parte do segmento:
Empresa | Código | Serviço |
Alupar | ALUP11 | Geração e Transmissão |
Celesc | CLSC3 | Geração e Distribuição |
AES Brasil | AESB3 | Geração |
Cemig | CMIG4 | Ger, Trans, Dist, Comerc |
Cesp | CESP6 | Geração e Comercialização |
CPFL Energia | CPFE3 | Ger, Trans, Dist, Comerc |
Copel | CPLE6 | Ger, Trans, Dist, Comerc |
EDP Brasil | ENBR3 | Ger, Trans, Dist, Comerc |
Eletrobras | ELET3 | Ger, Trans, Dist, Comerc |
Eneva | ENEV3 | Geração de Energia e Gás |
Energisa | ENGI11 | Distribuição e Comercialização |
Engie | EGIE3 | Geração e Comercialização |
Equatorial | EQTL3 | Ger, Trans, Dist, Comerc |
Light | LIGT3 | Ger, Dist, Comerc |
Neoenergia | NEOE3 | Ger, Trans, Dist, Comerc |
Omega Geração | OMGE3 | Geração |
Taesa | TAEE11 | Transmissão |
Isa Cteep | TRPL4 | Transmissão |