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Vale (VALE3) vê lucro crescer mais de 22 vezes no balanço do 1º trimestre

Vale (VALE3) vê lucro crescer mais de 22 vezes no balanço do 1º trimestre

A Vale (VALE3) registrou um lucro líquido de US$ 5,546 bilhões no primeiro trimestre de 2021, crescimento de 22 vezes em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado veio pouco abaixo das expectativas do consenso.

Conforme a mineradora, o desempenho foi impulsionado principalmente pelas despesas de Brumadinho, encargos de impairment nos ativos dos negócios de Níquel e Carvão, ambos no quarto trimestre, e maior resultado financeiro, apesar do impacto da desvalorização cambial do Real em 9,6% na marcação a mercado de suas posições de derivativos.

O volume de vendas de finos de minério de ferro totalizou 58,9 Mt no 1T21, em linha com a produção.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 77 milhões no primerio trimestre deste ano, redução 96,6% sobre as perdas financeiras do primeiro trimestre de 2020.

Os custos e outras despesas somaram US$ 4,989, alta de 3,5% na base anual.

Ebitda

O lucro antes de juro, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou US$ 8,35 bilhões no primeiro trimestre de 2021, um recorde para um primeiro trimestre, com volumes sazonalmente menores parcialmente compensados por preços mais altos de comodities.

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Enquanto isso, a margem Ebitda foi de 66%, alta de 25 p.p.

Receita cresce 81%

A receita líquida atingiu US$ 12,645 bilhões no período, uma elevação de 81,4% na comparação anual.

Investimentos

A companhia investiu US$ 1,009 bilhão no primeiro trimestre deste ano,  ficando US$ 435 milhões abaixo do 4T20, explicado pelos investimentos sazonalmente menores.

Dívida

A dívida líquida da Vale encerrou o primeiro trimestre em US$ 2,136 bilhões, contra US$ 898 milhões em dezembro

A alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida ajustada/Ebitda ajustado, ficou em 0,6 vez no final de março de 2021. Um ano antes era de 1,2 vez.

Confira os destaques do balanço da Vale (VALE3):

Tá, e aí?

Após a divulgação do balanço da Vale (VALE3) do primeiro deste ano. A Mirae Asset disse que a mineradora registrou um resulto sólido, que só não foi melhor devido aos segmentos de pelotas e de metais não ferrosos e custos mais elevados.

De acordo com a Mirae, a demanda por minério de ferro e os preços devem continuam elevados, beneficiando a Vale e a sua alavancagem, mas principalmente no retorno ao acionista.

Em relatório, assinado pelo analista Luis Sales, a Guide escreveu que a Vale deve continuar pagando dividendos elevados, com expectativa de pagamento acima de 10% para o ano de 2021.

Pelo lado operacional, a casa de análise destacou o crescimento do Ebitda ajustado e do lucro líquido no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2020.

Ressaltou também a queda do endividamento líquido expandido, que passou de US$ 13,3 bilhões no 4T20 para US$ 10,7 bi no período, em função da forte geração de caixa livre no período, cerca de US$ 5,8 bilhões.

Por fim, a Guide lembrar que a ação segue negociada a um múltiplo de 3x EV/EBITDA, um desconto de ao redor de 30% em relação aos principais pares (Rio Tinto e BHP), o que na sua visão não se justifica.

Assim, a Guide reforça sua recomendação de compra para VALE3, com preço-alvo em R$ 130,00.

Mesmo considerando o resultado forte, o Inter tem recomendação neutra para mineradora, com preço-alvo de R$ 101,00.