Roberto Lee, CEO da Avenue, participou da quinta edição da Money Week. O empresário falou sobre investimentos no exterior e sua importância nesta quarta-feira (27).
A Avenue foi fundada em 2018, com a proposta de ser uma corretora para brasileiros acessarem o mercado de investimentos dos EUA. Sob o comando de Roberto Lee, a companhia captou US$ 7 milhões em investimentos em março de 2018 por meio do aporte da Vectis Partners, empresa de participações de Patrick Ogrady, ex-presidente da XP Gestão, Alexandre Aoude, ex-presidente do Deutsche Bank no Brasil e ex-vice-presidente do banco Pine, e Paulo Lemman, filho do empresário Jorge Paulo Lemman.
Confira como foi o painel.
A diversificação internacional
A maioria dos investidores já deve ter ouvido centenas de vezes sobre como é essencial diversificar a carteira. Mas na hora de fazer isso, muitos não pensam sobre investir no exterior por acharem complicado ou por não se encaixarem no perfil. Roberto Lee pensa diferente, e na Money Week, ele contou sobre como qualquer investidor é qualificado para investir nos Estados Unidos, por exemplo.
De acordo com Lee, há muito tempo que investidores private, ou seja, investidores que possuam investimentos financeiros em valor superior a R$ 1 milhão, têm acesso aos ativos do exterior. Agora, com o avanço do desenvolvimento da sociedade investidora, qualquer perfil de investidor tem a possibilidade de diversificar internacionalmente.
Roberto Lee afirma que era preciso que os investidores passassem pela “desbancarização”. “Há pouco tempo, a gente não tinha momento, não tinha maturidade econômica dentro do nosso segmento para esse tipo de conversa. Era preciso que o investidor saísse do banco, saísse daqueles pequenos produtos, produtos de investimentos muito simples, como a poupança, os CDBs”, disse.
Os grandes mitos de investimentos no exterior
Com o maior acesso aos produtos financeiros internacionais, é preciso diferenciar mitos e verdades sobre como realizar a alocação, o que é necessário ou como recolher impostos. Lee identifica os principais pontos de dúvidas:
- “Investe-se no exterior em busca de mais risco e volatilidade”: mito. Conforme Lee, é preciso mudar o mindset. Não é o dólar que varia, e sim o real. Ele sugere comparar o dólar com o euro historicamente. É fácil ver que não há muita volatilidade, pois moedas fortes tendem a ter mais estabilidade. Ou seja, o risco é menor. “Em tese, quanto mais conservador o investidor, mais investimento no exterior ele deveria ter. Assim, ele preserva seu poder de compra global”, explicou.
- “Investir no exterior é muito difícil e deve ser feito somente por investidores mais ‘sofisticados'”: mito. A infraestrutura de investimentos dos EUA é a maior do mundo, por isso está preparada para receber investidores mundiais. O investidor brasileiro acredita nessa premissa devido à falta de infraestrutura de acesso direto ao exterior. Roberto Lee reforça que, hoje, criar uma conta internacional é tão simples quanto criar uma conta em corretora nacional.
- “É complicado investir no exterior por conta do recolhimento de imposto de renda”: mito. O empresário pontua que, na realidade, o investimento traz benefícios tributários tremendos, seja para um investidor que trabalha com valores menores ou se é feito em fundos de investimentos. É importante verificar individualmente. Muitos acreditam que o recolhimento de imposto é muito complicado, sofisticado. No caso da Avenue, a corretora disponibiliza todos os documentos necessários, baseado na sua carteira.