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Financiamentos imobiliários fecham 2020 em alta e desafiam crise

Financiamentos imobiliários fecham 2020 em alta e desafiam crise

A crise provocada pela pandemia de coronavírus em todo o mundo passou praticamente sem qualquer efeito em meio ao setor de financiamentos imobiliários

A crise provocada pela pandemia de coronavírus em todo o mundo passou praticamente sem qualquer efeito em meio ao setor de financiamentos imobiliários no Brasil.

Segundo matéria publicada pela Agência Brasil neste sábado (2/1), o setor fechou o ano aquecido, e como um dos responsáveis pela pequena recuperação da economia no País.

Os dados coletados junto à Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) apontaram que, entre janeiro e outubro do ano passado, os financiamentos imobiliários concedidos com recursos da poupança totalizaram R$ 92,7 bilhões.

Esses números representam um crescimento de 48,8%  para o setor na comparação com o mesmo período de 2019.

De acordo com a Abecip, isso ocorreu principalmente por conta dos juros baixos e dos depósitos recordes na Poupança, além da atuação dos bancos públicos em meio à crise e a aprovação do programa Casa Verde Amarela,.

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Financiamentos imobiliários e 2021: os desafios

As incertezas sobre a recuperação dos empregos perdidos e da renda deixada para trás durante a pandemia pairam sobre o setor dos financiamentos imobiliários para 2021, mas não assustam.

José Carlos Martins, presidente da Cbic, apostou que a projeção do PIB do País para o ano que vem estará na casa dos 4%. Com isso, segundo o executivo, a expectativa para o ano que se inicia é “otimista conservadora”.

Já para Celso Petrucci, presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da Cbic, o déficit habitacional no Brasil e mudanças de comportamento da população depois da pandemia, como a procura por imóveis mais afastados de áreas densamente povoadas, ajudarão a manter aquecida a procura pelos financiamentos imobiliários.

“Todos torcemos pela rápida recuperação na economia, pela queda do índice de desocupação, desemprego e por melhora na renda das famílias. Mas o Brasil tem tanta necessidade de habitação que isso não vem afetando o mercado e não afeta em 2021”, comentou.

Segundo ele, o mercado imobiliário conseguiu crescer em 2020, mesmo com o emprego e a renda em queda. Em sua visão, a manutenção da taxa Selic (juros básicos da economia) em 2% ao ano ao longo de boa parte de 2021 continuará a impulsionar os contratos.

Pedro Seixas, especialista em mercado imobiliário da FGV, não compartilha do mesmo otimismo. Para Seixas, a fraca base de comparação em relação a 2019 levou ao crescimento na concessão de financiamentos em 2020.

“Existe uma retomada, mas a questão é se esse crescimento será sustentável por causa da renda e do emprego. Do ponto de vista pessoal, quem tem dinheiro deve aproveitar os juros baixos e comprar [um imóvel], mas é diferente de dizer que crescimento é sustentável”, analisou.

“Essa recuperação tem muito mais a ver com um efeito estatístico do que com uma reversão de tendência. O que determinará a demanda dos financiamentos imobiliários será a velocidade de recuperação da economia”, concluiu.

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