A WEG (WEGE3) divulgou nesta quarta-feira (22) os resultados referentes ao terceiro trimestre de 2025 (3TRI25), registrando lucro líquido de R$ 1,650 bilhão, um crescimento de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando havia somado R$ 1,578 bilhão. O resultado também representa uma alta de 3,7% frente ao trimestre imediatamente anterior.
A receita operacional líquida totalizou R$ 10,27 bilhões, avanço de 4,2% na comparação anual e de 0,6% ante o 2TRI25. O crescimento foi sustentado pela boa performance no mercado externo, que teve alta de 4,9%, e pela estabilidade do mercado interno, que cresceu 3,1% no comparativo com 2024.
O EBITDA atingiu R$ 2,27 bilhões, representando aumento de 2,3% sobre o mesmo período de 2024. A margem EBITDA foi de 22,2%, ligeiramente abaixo do índice de 22,6% observado um ano antes. Segundo a companhia, a variação reflete o mix de produtos vendidos e o aumento dos custos de algumas matérias-primas, como o cobre.
Energia e Indústria seguem como motores de crescimento
O segmento de Geração, Transmissão e Distribuição (GTD) continuou sendo um dos principais vetores de crescimento da WEG, com destaque para as entregas de transformadores e subestações ligadas a leilões de transmissão no Brasil e projetos de redes elétricas na América do Norte. A ausência de novos projetos de geração eólica e a conclusão de obras solares, porém, impactaram o ritmo de expansão no mercado doméstico.
No exterior, o desempenho foi sustentado pela demanda industrial na Europa, especialmente nos setores de óleo e gás e saneamento, além do bom desempenho da subsidiária Marathon, que fornece geradores para data centers nos Estados Unidos e na China.
Administração destaca resiliência e diversificação
Em mensagem aos investidores, a administração da WEG afirmou que o resultado reflete a capacidade da empresa de manter margens saudáveis em um ambiente de volatilidade global.
“Mesmo em um ambiente marcado por incertezas geopolíticas e volatilidade do comércio doméstico e internacional, apresentamos mais um trimestre com margens operacionais saudáveis”, destacou o comunicado da companhia.
A empresa também ressaltou que a diversificação de produtos e presença global têm sido essenciais para mitigar riscos e explorar oportunidades.
“Nossa estratégia de diversificação de produtos e soluções, flexibilidade operacional e presença global contribui para navegarmos o ambiente de instabilidade macroeconômica atual, mitigando seus efeitos e aproveitando as oportunidades presentes no mercado”, acrescentou a administração.
Investimentos e dividendos
Os investimentos (CAPEX) somaram R$ 672,6 milhões no trimestre, direcionados principalmente à expansão das unidades produtivas no Brasil, México e China. A empresa também informou a declaração de juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 462,5 milhões, a serem pagos em março de 2026.
Além disso, a WEG confirmou a aquisição de 54% da Tupinambá Energia, empresa de tecnologia voltada à gestão de redes de recarga de veículos elétricos, reforçando sua estratégia no setor de mobilidade elétrica.
Perspectivas
Com um ROIC de 32,4%, a companhia segue entre as líderes de rentabilidade do setor industrial, mesmo diante de um cenário de custos mais elevados e desaceleração de alguns mercados. Segundo a administração, a visão de longo prazo e o foco em eficiência operacional continuam sendo pilares do crescimento sustentável da WEG.
“Seguimos confiantes em nossa visão de longo prazo que, aliada à constante busca de eficiência operacional, contribui para nosso crescimento contínuo e sustentável”, concluiu a empresa no relatório.
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