A bolsa brasileira segue em alta na tarde desta segunda-feira (9), acompanhando o entusiasmo dos mercados internacionais que reagem muito bem ao resultado eleitoral que deu a vitória a Joe Biden no sábado para a presidência dos EUA.
Para melhorar o clima de otimismo, a farmacêutica norte-americana Pfizer e a empresa de biotecnologia alemã BioNTech disseram que sua vacina contra o coronavírus tem mais de 90% eficácia na prevenção de Covid-19 entre aqueles sem evidência de infecção anterior.
Assim, as altas são fortes e generalizadas. Na Europa, todas as bolsas fecharam acima de 4%. Em Nova York, apenas Nasdaq sobe menos. Investidores estão, no entanto, atentos a sinais de Donald Trump de que pode dificultar a transição de governo, impedindo acesso a dados.
No Brasil, o Ibovespa tem ganhos de 2,83%, às 15h15, aos 103.779,28 pontos. Mais cedo chegou a subir 3% e superou 105.000 em alguns momentos da manhã.
A vitória de Biden ainda não foi comentada pelo presidente Jair Bolsonaro, que agora se isola como o único líder entre os países democráticos a não se manifestar, o que pode causar constrangimentos diplomáticos, além de levantar questionamentos sobre como serão as relações do Brasil com os EUA durante o governo Joe Biden.
O Boletim Focus do Banco Central trouxe nova elevação da projeção para o IPCA de 2020, que agora está em 3,20%. E reduziu o crescimento esperado para o PIB de 2021, que agora está em 3,31%.
Em balanços, já saiu resultado de Ânima (ANIM3) e devem sair ainda BRF (BRFS3), Direcional (DIRR3), Itausa (ITSA3), Linx (LINX3), Lojas Marisa (AMAR3), Magazine Luiza (MGLU3), Ouro Fino (OFSA3), Positivo (POSI3), São Martinho (SMTO3), Vulcabras (VULC3), e Yduqs (YDUQ3).
O que você verá neste artigo:
Exterior
Biden, em seu discurso de vitória, prometeu transferência ordeira de poder. Trump, no entanto, diz que entrará hoje com contestações legais ao pleito e recusa-se a ceder. Aliados do atual presidente tentam demovê-lo da ideia, alegando que dificilmente o resultado será revertido.
A maioria republicana deve ser mantida no Senado, com o segundo turno na Georgia possivelmente favorecendo o partido. Isto deve garantir que as políticas pró-mercado de Trump permaneçam intactas e, consequentemente, ajudando no otimismo do mercado. Até aqui, cada partido conseguiu 48 cadeiras.
Biden deve anunciar ainda hoje propostas referentes à pandemia. Os EUA tiveram ontem, pelo quarto dia consecutivo, mais de 100 mil novas infecções. O total de casos está em quase 10 milhões.
Já a China permanece em um ponto relativamente positivo, com dados comerciais no fim de semana mostrando que a maior economia da Ásia continua se recuperando.
As negociações do Brexit entre o Reino Unido e a UE continuam em Londres, com vários pontos de discórdia remanescentes na pauta.
*Com Filipe Teixeira, da Wisir Research.
Veja as cotações às 14h:
Mercados de Nova York
- S&P: +2,64%
- Nasdaq: +0,62%
- Dow Jones: +4,00%
Europa
- DAX, Alemanha: +4,94%
- FTSE, Reino Unido: +4,67%
- CAC, França: +7,57%
- FTSE MIB, Itália: +5,43%
- Stoxx 600: +4,06%
Ásia
- Nikkei, Japão: +2,12%
- Xangai, China: +1,86%
- HSI, Hong Kong: +1,18%
- ASX 200, Austrália: +1,75%
- Kospi, Coreia: +1,27%
Petróleo
- WTI (dezembro 2020): US$ 40,84 (+8,48%)
- Brent (janeiro 2021): US$ 42,99 (+7,58%)
Ouro
- Ouro futuro (dezembro 2020): US$ 1.852,30 a onça-troy (-5,09%)
Minério de ferro
- Bolsa de Dalian, China: US$ 123,66 (+3,61%)