Segundo reportagem divulgada pelo Estadão, um grupo de investidores sugeriu quatro nomes alternativos para compor o conselho de administração da Vale (VALE3) na gestão 2021-2023.
A lista é composta pelo atual presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, o já conselheiro independente da Vale, Marcelo Gasparino, o ex-presidente da Amec e conselheiro do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, Mauro Rodrigues da Cunha, e Rachel de Oliveira Maia, ex-CEO da Lacoste no Brasil e conselheira da varejista Grupo Soma.
Por meio de uma carta publicada no portal da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), o grupo de investidores diz que a escolha de nomes independentes agrega ao conselho conhecimento da indústria, da companhia, de governança, auditoria. Além de compliance, gestão de crises, experiência de alta administração de companhias, do ambiente jurídico e regulatório, de tecnologia, de diversidade e de sustentabilidade.
O documento publicado representa investidores institucionais com mais de R$ 700 bilhões de ativos sob gestão.
Assinam a solicitação: Argucia, Dust Fundo de Investimento, Geração Futuro, Sparta, Tempo Capital, VIC DTVM e Victor Adler.
Os signatários chamam atenção para pontos problemáticos na lista dos candidatos já divulgada pela Vale.
Entre elas, é questionada a independência dos nomes até recentemente vinculados ao acordo de acionistas da mineradora, extinto em novembro.
O documento também aponta a falta de renovação necessária, sobretudo em relação aos nomes que já participavam do conselho de administração na época das tragédias com as barragens de Mariana e Brumadinho.
A carta menciona ainda a polêmica proposta da companhia de adoção do voto negativo nas eleições para o board: “o conselho atual – sob orientação do Comitê de Nomeação – propôs substancial reforma estatutária que foi objeto de forte reação de acionistas, recebeu recomendação negativa das principais proxy advisors e foi declarada ilegal pela área técnica da CVM”.