Os títulos públicos indexados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) com prazos de vencimentos maiores do que cinco anos apresentam desvalorização diária desde 18 de março, um dia após o anúncio de alta da Selic para 2,75%.
Os movimentos são refletidos pelo IMA-B5+, índice da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) que acompanha as NTN-Bs.
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Perda acumulada
Entre o dia 18 e o meio-dia desta quinta-feira (25), o IMA-B5+ registrava perda acumulada de 3,17%.
O movimento reverte a trajetória do índice em março: a rentabilidade acumulada no mês, que era positiva até o dia 18 em 0,76%, agora apresenta queda de 2,43%.
No resultado de janeiro até 25 de março, o índice tem desvalorização de 6,31%.
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Trajetória
Essa trajetória de queda do IMA-B5+ após a decisão do Copom (Comitê de Políica Monetária, do Banco Central) reflete as apostas do mercado quanto ao aumento dos juros em longo prazo.
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As expectativas derivam das incertezas com o agravamento da pandemia de Covid-19 e de suas consequências na atividade econômica, além do contexto de projeções crescentes para a inflação.
Fundos de investimento: captação líquida positiva
Os fundos de investimento registraram captação líquida positiva de R$ 46,3 bilhões entre os dias 1º e 19 de março, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Esse valor é a diferença entre os R$ 535,3 bilhões de aportes e R$ 489 bilhões de resgates no período.
Entre 15 e 19 de março, a indústria teve captação líquida positiva de R$ 8,4 bilhões.
á os fundos de renda fixa tiveram saldo positivo de R$ 6,4 bilhões. Os fundos de ações e multimercados registraram R$ 1,2 bilhão e R$ 1,1 bilhão, respectivamente.
Os fundos estruturados, FIDCs e FIPs, também tiveram captação líquida positiva, mas resultado de movimentos concentrados.
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Os FIDCs registraram R$ 1,1 bilhão (um fundo sozinho aportou R$ 808 milhões) e os FIPs tiveram saldo líquido de R$ 195,5 milhões (dois aportes concentrados de R$ 260 milhões e um resgate de R$ 120 milhões).
Segundo a Anbima, as demais classes tiveram resgates líquidos no período.
Foi o caso da previdência com R$ 805 milhões, dos ETFs com R$ 712,4 milhões e dos cambiais com R$ 41,3 milhões.
Desde 1º de janeiro deste ano, a indústria de fundos acumula captação líquida positiva de R$ 90,7 bilhões e patrimônio líquido de R$ 6,2 trilhões.