Na última segunda-feira (4), o Tesouro Nacional divulgou um conjunto de medidas para captar recursos no exterior através de bonds.
Os bonds são títulos de dívidas emitidos por companhias ou pelo governo, no exterior.
A dinâmica envolvendo a emissão desses títulos é semelhante à que acontece no mercado interno: o emissor do título busca captar recursos junto aos investidores. Já o comprador do título recebe juros e o valor do principal na data de vencimento.
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Em relação à operação do Tesouro Nacional, foi lançado um novo título da dívida (Bond) com vencimento em 30 anos. Além disso, o Tesouro reabriu a venda de outro título com prazo de 10 anos e a recomprou de sete títulos com vencimentos diversos.
O bond com vencimento em 30 anos é o Global 2050, intitulado com o título de dívida com prazo mais longo. Seu vencimento será em 14 de janeiro de 2050 .
Já o Global 2029 reabriu a emissão de títulos da dívida com prazo de dez anos. O vencimento, neste caso, está previsto para 30 de maio de 2029.
Por fim, o Tesouro Nacional anunciou a recompra dos seguintes títulos:
- Global 2027 – 15/05/2027
- Global 2030 – 06/03/2030
- Global 2034 – 20/01/2034
- Global 2037 – 20/01/2037
- Global 2041 – 07/01/2041
- Global 2045 – 27/01/2045
- Global 2047 – 21/02/2047
No total, o Tesouro Nacional captou nesse lançamento 3 bilhões de dólares junto ao mercado externo. O lançamento do Global 2050 levantou em torno de 2,5 bilhões de dólares. Já a reabertura do Global 2029 arrecadou 500 milhões de dólares.
A recompra dos títulos já lançados custou ao governo cerca de 1 bilhão de dólares. Os recursos utilizados nessa operação foram financiados pela emissão dos outros dois títulos.
De acordo com o Tesouro, as operações desta segunda-feira tiveram o “objetivo de melhorar a eficiência e consolidar benchmarks da curva denominada em dólares”.
Em outras palavras, as captações realizadas pelo Tesouro Nacional servem de referência para o setor privado. Isso porque permitem que as empresas nacionais calculem quanto pagariam, em termos de taxas de juros, para fazer empréstimos no exterior.
A operação foi liderada pelos bancos BNP Paribas, Citibank e Goldman Sachs & Co e sua liquidação financeira ocorrerá em 14 de novembro de 2019.