A Tecnisa (TCSA3) registrou um prejuízo de R$ 40 milhões no segundo trimestre de 2020, uma melhora de 72% na comparação com o prejuízo do mesmo período do ano passado.
De acordo com a empresa, o desempenho do período ainda está impactado pelo baixo volume de lançamentos, que prejudica a diluição de custos fixos; bem como pela existência de gastos extraordinários, como o reforço nas provisões para riscos e obrigações legais, no valor de R$ 10 milhões.
No ano, o resultado foi de prejuízo de R$ 99 milhões, redução de 32% em relação a 2019.
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O resultado financeiro foi uma despesa de R$ 0,2 milhões, melhora de 99% em relação ao segundo trimestre de 2019.
Conforme a Tecnisa, o resultado é fruto da diminuição na despesa financeira, associada ao processo de desalavancagem da companhia e à redução do custo médio das dívidas; e ao aumento da receita financeira, associada ao crescimento da carteira de recebíveis de obras concluídas.
As despesas gerais e administrativas que fecharam em R$ 16 milhões no período, redução de 6%.
Ebitda negativo
O lucro antes de juro, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) ajustado foi negativo em R$ 26,4 milhões, ante um resultado negativo de R$ 120,6 milhões.
A receita líquida atingiu R$ 34 milhões no período, uma redução de 29% na comparação anual.
De acordo com a Tecnisa, o desempenho foi impactado pelo menor volume de vendas contratadas no período de unidades de empreendimentos consolidados integralmente.
O lucro bruto ajustado foi de R$ 7,4 milhões, revertendo o prejuízo bruto de R$ 2,8 milhões no mesmo período de 2019.
A margem bruta ajustado ficou em 21,9%, alta de 27,9 pontos percentuais.
Tecnisa Operacional
A Tecnisa não realizou Lançamentos no segundo trimestre deste ano.
No primeiro semestre os lançamentos somam VGV de R$ 34 milhões, sendo R$ 7 milhões a parte TECNISA.
Conforme a companhia, no próximo trimestre está programado o lançamento do primeiro projeto adquirido após o follow-on, no bairro da Mooca, na cidade de São Paulo, com VGV potencial de R$ 108 milhões, parte TECNISA.
Os Distratos no período somaram R$ 4 milhões, redução de 82% em relação ao segundo trimestre de 2019, resultado, em boa parte, da entrada em vigor, em 2019, da Lei dos Distratos (Lei n° 13.786/2018); e da melhoria das condições de oferta de crédito imobiliário, reflexo da queda da taxa de juros.
Como resultado, as vendas Líquidas, parte TECNISA e líquidas de distratos, totalizaram R$ 48 milhões no trimestre.
Enquanto o VSO líquida atingiu 14 % no trimestre.
Dívida e caixa
A Tecnisa encerrou trimestre com uma posição consolidada de caixa (Disponibilidades de Caixa e Aplicações Financeiras) de R$ 287 milhões.
A dívida líquida encerrou o segundo trimestre em R$ 47,5 milhões, uma redução de 89,2%.
A alavancagem financeira, medida pela relação endividamento total / patrimônio líquido, ficou em 39,6% no final do trimestre.
No mesmo período do ano passado, a alavancagem era de 83,1%.
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