As taxas de juros médias pagas pelas famílias brasileiras recuaram no mês de agosto, segundo o Banco Central informou nesta segunda-feira (28).
De acordo com as Estatísticas Monetárias e de Crédito, às taxas médias às pessoas físicas no crédito livre ficou em 39% ao ano.
Isso representou uma queda de 0,9 ponto percentual em relação a julho.
Já a taxa média das empresas ficou estável em 12,4% ao ano.
Por sua vez, a taxa do crédito pessoal (não consignado) chegou a 70,3% ao ano, queda de 12 pontos percentuais em relação a julho.
Os juros do crédito consignado caíram 0,1 ponto percentual para 18,9% ao ano.
Enquanto isso, a taxa do cheque especial chegou a 112,6% ao ano em agosto, redução de 0,9 ponto percentual em relação a julho.
No rotativo, os juros médios do cartão de crédito também diminuíram.
A taxa chegou a 310,2% ao ano, com queda de 1,8 ponto percentual.
No caso do rotativo regular, quando o cliente paga pelo menos o valor mínimo da fatura, a taxa chegou a 270,3% ao ano, queda de 8,9 pontos percentuais.
Juros rotativo
A taxa do rotativo não regular (dos clientes que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura) subiu e chegou a 335,2% ao ano, alta de 3,5 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
Essas taxas são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado tem regras definidas pelo governo, e é destinado, basicamente, aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
No caso do crédito direcionado, a taxa de juros média para pessoas físicas manteve-se estável em 7,1% ao ano. Para as empresas, a taxa subiu 0,3 ponto percentual para 7,4% ao ano.
A inadimplência (considerados atrasos acima de 90 dias) das famílias, no crédito livre, caiu 0,3 ponto percentual, indo para 4,8%.
A inadimplência das empresas no crédito livre recuou 0,2 ponto percentual para 1,6%, informou o Banco Central.
Selic
Nesta segunda-feira, o boletim Focus do BC manteve inalterada a previsão para a taxa básica de juros da economia para esse ano, em 2% ao ano.
Já para o ano de 2021, a manteve em 2,50%.
A última ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central sinalizou que os juros tendem a seguir sem alterações nos próximos meses, seja para cima ou para baixo.