A empresa têxtil Springs Global (SGPS3) registrou um prejuízo líquido no 3TRI20 de R$ 34,6 milhões.
O resultado é melhor do que o prejuízo de R$ 64,1 milhões do 3TRI19.
Mas no acumulado do ano, o cenário o prejuízo cresceu consideravelmente. A empresa passou de um lucro líquido de R$ 69,4 no 9M19 para um prejuízo de R$ 302,6 milhões no 9M20.
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“O terceiro trimestre foi marcado pela retomada das vendas no segmento de atacado e nas lojas físicas no segmento de varejo, corroborando nossas expectativas para melhor desempenho do mercado de produtos para o lar”, diz a empresa.
O que você verá neste artigo:
Ebitda da Springs cai 26%
O Ebitda (lucro antes do IR, contribuição social, resultado financeiro e amortização) da empresa também teve queda. Passou de R$ 56,3 milhões (3TRI19) para R$ 41,5 milhões (3TRI20). Ou seja, queda de 26,3%.
No acumulado do ano a queda de Ebitda foi mais acentuada. Saiu de R$ 413,2 milhões (9M19) para R$ 70,5 milhões (9M20) – queda de 82,9%.
O Ebitda ajustado do 3TRI20 da Springs ficou em R$ 39,7 milhões – ante R$ 56,3 milhões no 3TRI19. Assim, houve queda de 29,5%.
Receita da Springs aumenta 15%
A receita líquida total da Springs aumentou 15,6%. Saiu de R$ 380,4 milhões (3TRI19) para R$ 439,8 milhões (3TRI20).
No acumulado de 2020, a receita chega a R$ 1,005 bilhão, 4,2% abaixo dos R$ 1,049 bilhão do mesmo período do ano passado.
Os números foram puxados pela maior receita no atacado. No terceiro trimestre de 2020, 72% das vendas foram no atacado e 28% no varejo. No acumulado do ano, o atacado corresponde a 70% das receitas.
A receita líquida do segmento de negócio atacado alcançou R$ 316,0 milhões no 3T20, com aumento de 2,4% em relação à do 3T1.
A receita sell-out do segmento de negócio varejo totalizou R$ 207,3 milhões no 3T20. Ou seja, crescimento de 39,7% em relação à do 3T19.
A linha de Cama, Mesa e Banho e EPIs foi responsável por 55% da receita no 3T20.
As vendas através dos canais digitais, apesar da desaceleração do crescimento em relação ao segundo trimestre, encerram o trimestre cerca de 4 vezes maiores que no mesmo período do ano anterior
Investimentos e capital de giro
Os investimentos de capital da Springs somaram R$ 12,5 milhões no 3T20.
“Reduzimos os investimentos de capital para preservar o caixa da companhia, diante das incertezas relativas à pandemia do Covid-19”, explica a empresa.
As necessidades de capital de giro totalizaram R$ 693,8 milhões no final do 3T20, 14,2% ou R$ 114,8 milhões inferior ao registrado no final do 3T19.
Dívida da Springs
Por fim, a posição de dívida líquida ajustada era de R$ 713,7 milhões em 30 de setembro de 2020, considerando o recebimento futuro do valor retido contratualmente de US$ 6,3 milhões.
A companhia tem renegociado parcelas de parte de seus empréstimos e financiamentos. Assim, o custo médio da dívida foi igual a 9,9% no 3T20, versus 9,2% no 2T20.
“Reduzimos os empréstimos em moeda estrangeira em R$ 187,9 milhões, ou 72%,em relação ao final do 3T19. O passivo remanescente em dólar é majoritariamente relacionado a exportações e, portanto, com hedge natural”, explica a Springs.
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