O Setor público brasileiro teve como saldo de junho um déficit primário de R$ 188,682 bilhões. O valor é o maior já registrado na série histórica, que começou a ser publicada em 2001. No entanto, veio melhor do que esperava o mercado, que era por déficit de R$ 199,100 bilhões.
Entende-se por setor público o Governo Central, estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e da Eletrobras.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (31) pelo Banco Central e revela o aumento dos gastos públicos em um cenário de pandemia.
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Em maio, o déficit havia sido de R$ 131,438 bilhões.
O resultado fiscal do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS) foi de déficit de R$ 195,180 bilhões. Já os governos regionais (estados e municípios) tiveram resultado positivo de R$ 5,780 bilhões no mês – os estados tiveram superávit de R$ 5,592 bilhões; e os municípios, superávit de R$ 187 milhões.
As empresas estatais (com exceção de Petrobras e Eletrobras) tiveram superávit de R$ 719 milhões.
Na análise do primeiro semestre, o déficit acumulado é de R$ 402,703 bilhões, o que corresponde a 11,64% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em 12 meses até junho, o déficit é de R$ 458,835 bilhões, o que representa 6,38% do PIB.
Déficit nominal do setor público
O resultado nominal do setor público registrou déficit de R$ 210,161 bilhões. O valor nominal representa a diferença entre receitas e despesas do setor público após o pagamento dos juros da dívida pública. A estimativa do mercado era por déficit nominal próximo, de R$ 208,1 bilhões.
Em maio, o resultado nominal era de déficit de R$ 140,401 bilhões. Em junho de 2019, era de déficit de R$ 30,102 bilhões.
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