O setor de construção recuperou até agosto 82% da confiança perdida entre os meses de março e abril deste ano, os piores meses da pandemia de coronavírus.
A informação vem do Índice de Confiança da Construção (ICST), divulgado nesta quarta-feira (26) pela Fundação Getulio Vargas. O indicador avançou 4,1 pontos no mês, indo de 83,7 pontos em julho para 87,8 em agosto. Esta é a quarta alta seguida.
“A Sondagem mostra que a confiança dos empresários da construção está próxima do patamar pré-covid. Contudo, mesmo com a retomada a um cenário anterior de atividades, o ciclo produtivo foi afetado, uma vez que durante a pandemia muitos negócios foram adiados ou cancelados. Para 35,6% das empresas, os negócios continuam fracos, contra 29% em fevereiro, o que significa que a retomada está sendo mais difícil para algumas empresas”, avalia Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção da FGV.
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O Índice de Situação Atual (ISA-ST), que avalia as perspectivas quanto ao momento presente, aumentou 5,8 pontos, indo de 76 para 81,8 pontos, ficando 4,9 pontos abaixo de fevereiro (86,7 pontos), o maior valor deste ano.
O Índice de Expectativas (IE-CST) com os próximos meses aumentou 2,4 pontos, indo de 91,7 em julho para 94,1 pontos. E recuperando 87,5% das perdas sofridas no bimestre março e abril.
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) subiu 3,6 pontos percentuais, para 73,5%. Pelo terceiro mês consecutivo, a maior contribuição veio do Nuci de Mão de Obra, que avançou 3,8 pontos porcentuais, para 75,2%. Já o Nuci de Máquinas e Equipamentos aumentou 2,6 pontos porcentuais, para 64,5%.
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Reprodução/FGV
Confiança da construção: demanda cresce
Um aspecto destacado na pesquisa é a queda no quesito demanda insuficiente. Depois de alcançar 60,3% em abril, a demanda insuficiente caiu para 44,4% em agosto. Este é o menor percentual desde fevereiro de 2015 (44,1%) e está, em grande parte, relacionado ao bom desempenho recente das vendas no mercado imobiliário residencial.
Vale registrar também a Escassez de Material e/ou Equipamentos, que alcançou 7,8%, o maior percentual desde setembro de 2010 (9,8%). Segundo a FGV, é provável que isto esteja relacionado ao crescimento expressivo da demanda de materiais por parte das famílias. O que vem sendo registrado pelo comércio varejista.
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