O governo do estado de São Paulo informou à Sabesp que não há decisão tomada sobre o modelo de reorganização societária da companhia. De acordo com o órgão, o grupo de trabalho constituído pelo Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização não concluiu suas atividades, à espera da análise pelo Congresso Nacional dos vetos ao Marco Legal do Saneamento.
O posicionamento foi em resposta ao questionamento da Sabesp, após declarações do governador João Doria, ontem, de que a companhia irá passar por um processo de capitalização, ou seja, aumento de capital social, e participar de concessões em outros estados, na área de saneamento e coleta de lixo.
O estado é o controlador da companhia, com 50,26% do capital.
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As afirmações contrariam a expectativa de privatização da companhia e acabaram causando uma queda de mais de 10% nos preços das ações na bolsa ontem, que acabou fechando em R$ 52,75 (-5,04%). A possibilidade de venda à iniciativa privada é discutida desde 2017.
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A CVM também questionou a Sabesp sobre a notícia. No esclarecimento, a companhia argumenta que intenção de acompanhar novas oportunidades comerciais no setor, após a aprovação do Marco do Saneamento, foi manifestada anteriormente, em relatório da apresentação dos resultados do segundo trimestre e por executivos da empresa.
A Sabesp afirmou que, por isso, não foi divulgado fato relevante, “uma vez que não há, até o presente momento, processo competitivo ou projeto específico aberto do qual a Companhia tenha formalmente tomado a decisão de participar”.
Sobre uma eventual reorganização societária e desestatização, o que motivou a oscilação das ações, a Sabesp diz que não tinha conhecimento e pediu os esclarecimentos ao governo do Estado.
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