A Sabesp (SBSP3) divulgou nesta quinta-feira (12) seu balanço referente ao segundo trimestre de 2021 (2TRI21), com lucro líquido de R$ 773,052 milhões, um crescimento de 104,4% em relação ao segundo trimestre do ano anterior, com R$ 378,160 milhões.
No acumulado do semestre, o lucro líquido ficou em R$ 1,270 bilhão, contra um prejuízo de R$ 279,8 milhões aferidos no primeiro semestre de 2020.
Segundo a companhia, em junho de 2020, foi firmado acordo com o município de Mauá, iniciando a operação em novembro. “O impacto decorrente do acordo no 2T20 foi de R$ 195 milhões na receita de serviços de saneamento e uma reversão de R$ 85,9 milhões nas despesas, gerando uma variação negativa de R$ 256,7 milhões, quando comparado o 2T21 com o 2T20”.
Entre os destaques, a empresa também sublinhou em seu relatório que “a instabilidade econômica, agravada pela Covid-19, ocasionou forte valorização do dólar e do iene frente ao real no 2T20, afetando consideravelmente as despesas financeiras sobre empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira. Já no 2T21, houve uma receita com variações cambiais sobre empréstimos e financiamentos no montante de R$ 442,3 milhões, gerando uma variação positiva de R$ 944,3 milhões sobre a despesa de R$ 502 milhões do 2T20”.
“Além disso, houve uma elevação no nível de inadimplência no 2T21, aumentando as perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa em R$ 26,9 milhões”, disse.
Ebitda tem variação negativa
O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 1,453 bilhão, queda de 8,1% comparativamente ao R$ 1,581 bilhão apresentados no 2TRI20.
A margem Ebitda ajustada ficou em 31,6%, o que é 4,1 pontos percentuais abaixo dos 35,7% do 2TRI20.
No acumulado do primeiro semestre de 2021, o Ebitda ajustado ficou em R$ 3,089 bilhões, 0,8% a mais do que os R$ 3,065 bilhões do 1SEM20.
“Desconsiderando os efeitos da receita e do custo de construção, a margem Ebitda ajustada resultou em 40,0% no 2T21, ante 45,7% no 2T20 (44,2% nos últimos 12 meses)”, explicou a empresa de saneamento.
Receita Operacional Líquida
No 2TRI21, a receita operacional líquida, a qual considera a receita de construção, totalizou R$ 4,596 bilhões, um acréscimo de 3,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já no primeiro semestre deste ano, a Sabesp informou um acumulado de R$ 9,273 bilhões, alta de 9,4% com relação ao mesmo período de 2020.
A receita operacional bruta relacionada à prestação de serviços de saneamento, sem considerar a receita de construção, atingiu R$ 3,881 bilhões, um acréscimo de 6,0% quando comparada aos R$ 3,663 bilhões totalizados no período equivalente do ano anterior.
Segundo a Sabesp, os principais fatores responsáveis pelo acréscimo foram o reajuste tarifário médio de 7% desde maio de 2021, com impacto aproximado de 1,7%; o reajuste tarifário de 3,4% desde agosto de 2020; o aumento de 1,6% no volume faturado total; e o aumento de R$ 62,8 milhões na receita com clientes das categorias de uso “Residencial Social” e “Residencial Favela”, “devido à isenção do pagamento a essas categorias no 2T20”.
Mais uma vez, aqui, o acordo com Mauá contribuiu. Os efeitos foram atenuados pela redução de R$ 170,8 milhões.
Volume distribuído e faturado
Somando-se as categorias “Residencial”, “Comercial”, “Industrial” e “Pública”, além do “Atacado”, “Mauá” e “Residencial Social” e “Favela”, o volume de água (537,8 milhões de metros cúbicos) e esgoto (464,9 milhões de metros cúbicos) distribuído, recolhido e faturado pela Sabesp no 2TRI21 dá 1,003 bilhão de metros cúbicos.
Esse volume é 1,6% a mais do que o aferido no segundo trimestre de 2020.
A alta do acumulado no semestre é de 2%, passando de 1,984 bilhão de metros cúbicos (água mais esgoto) para 2,023 bilhões (água mais esgoto).
A população atendida com abastecimento de água cresceu 1,5%, de 27,2 milhões para 27,6 milhões.
Já a população atendida com coleta de esgoto cresceu 2,1%, de 24 milhões para 24,5 milhões.
Raio-x do balanço do 2TRI21 da Sabesp
Lucro Líquido
- 2TRI20: R$ 378,2 milhões
- 2TRI21: R$ 773,1 milhões (+104,4%)
- 1SEM20: R$ 279,8 milhões (prejuízo)
- 1SEM21: R$ 1,270 bilhão (+553,9%)
Receita Operacional Líquida
- 2TRI20: R$ 4,432 bilhões
- 2TRI21: R$ 4,596 bilhões (+3,7%)
- 1SEM20: R$ 8,475 bilhões
- 1SEM21: R$ 9,273 bilhões (+9,4%)
Ebitda
- 2TRI20: R$ 1,581 bilhão
- 2TRI21: R$ 1,453 bilhão (-8,1%)
- 1SEM20: R$ 3,065 bilhões
- 1SEM21: R$ 3,089 bilhões (+0,8%)