A Rede D’Or São Luiz (RDOR3), maior grupo independente de hospitais do Brasil, precificou hoje (8) sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a R$ 57,92 reais por ação. A faixa indicativa preço estava entre R$ 48,91 e R$ 64,35.
Dessa forma, a companhia levantou R$ 11,4 bilhões em seu IPO, sagrando-se o terceiro maior IPO da história do país, ficando atrás apenas do IPO do Santander Brasil, em 2009, que captou R$ 13,2 bilhões e do BB Seguridade (BBSE3), que movimentou R$ 11,48 bilhões em 2013.
- Veja aqui o perfil completo da companhia
No dia 10 de dezembro, a Rede D’or São Luiz começa a negociar suas ações na Bolsa de Valores.
Assim, o valor de mercado da Rede D´Or atinge R$ 112,5 bilhões. Isso coloca a companhia no restrito grupo de 10 empresas com valor de mercado acima de R$ 100 bilhões, que tem Vale, Itaú e Petrobras.
Destinação dos recursos do IPO
A Rede D’or pretende utilizar os recursos líquidos que estima receber com a oferta primária para
- Arcar com os custos de construção de novos hospitais e/ou de expansão das unidades existentes por meio de projetos greenfield e brownfield, no curso regular de seus negócios;
- Aquisição de novos ativos (hospitais, clínicas oncológicas, corretoras de seguros de saúde, dentre outros) que agreguem know-how ou permitam o desenvolvimento de novas linhas de negócios que se mostrarem atrativas no futuro.
Conheça a Rede D’or
A Rede D’or foi fundada em 1977 no Rio de Janeiro. Aos 32 anos, o neurocientista Jorge Moll Filho decidiu empreender na área da saúde e fez seu primeiro investimento, o Grupo Lab. Naquele ano também foi inaugurada a primeira unidade, a Cardiolab.
A empresa consolidou-se na década de 1980, mas passou a expandir sua atuação na década de 1990. Dos anos 2000 para cá, Jorge Moll se tornou o dono da maior rede independente de hospitais privados do país.
O BTG Pactual se tornou sócio do negócio em 2010, comprando debêntures conversíveis em ações do grupo. Depois do aporte, Moll adquiriu 11 empresas concorrentes.
No mesmo ano, a rede de laboratórios do grupo (Labs D’or) foi vendida para o grupo Fleury, por R$ 1,19 bilhão. O dinheiro foi usado por Moll para comprar hospitais em várias cidades.
Em 2015, o BTG vendeu sua participação na Rede D’or para o fundo soberano de Singapura (GIC). Pelo negócio, o BTG recebeu R$ 2,38 bilhões.
Hoje Jorge Moll Filho é um dos acionistas controladores da empresa, junto com a família Moll. Os sócios são a gestora de private equity (que compram participações em empresas) Carlyle e o fundo de Cingapura GIC.
A Rede D’or hoje
A companhia opera a maior rede independente de hospitais privados do Brasil, composta, até 30 de setembro de 2020, por 51 hospitais próprios, um hospital sob administração e 32 projetos de hospitais em desenvolvimento, licenciamento ou construção.
Tem negócios nos seguintes Estados:
- Rio de Janeiro
- São Paulo
- Pernambuco
- Bahia
- Sergipe
- Maranhão
- Paraná
- Ceará
- Distrito Federal.
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