A produção de aço bruto no Brasil caiu 17,9% no 1º semestre de 2020 na comparação com o mesmo período de 2019, impactada pela pandemia de coronavírus.
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As vendas internas, por sua vez, apresentaram queda de 10,5% entre janeiro e junho, percentual exatamente igual à retração do consumo aparente no período.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IABr) nesta segunda-feira, as exportações diminuíram 8,1% e as importações, 17,0% nos seis primeiros meses do ano.
Junho: aço dá sinais de melhora
O Instituto Aço Brasil divulgou que o setor parece ter começado sua recuperação no mês de junho.
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Apesar de a produção do aço ter caído 5% em relação a maio, os demais números foram superiores no comparativo com o mês anterior.
As vendas internas de aço em junho apresentaram aumento de 29,6%, enquanto o consumo aparente subiu 29,4% e as exportações aumentaram 14,5%.
ICIA sobe em julho
O Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) de julho cresceu 15,9 pontos na comparação com junho e alcançou 62,8 pontos, bem acima da linha divisória entre a confiança e a falta de confiança.
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De acordo com o IABr, a volta da confiança do setor em julho se deveu, preponderantemente, aos indícios de recuperação no 2º semestre.
O índice registrado em julho está bem próximo do patamar alcançado antes da pandemia – foi de 70,2 pontos em fevereiro.
Retomada gradativa
Como está operando atualmente com somente 48,5% de sua capacidade instalada, a expectativa do setor é de melhora gradativa para o segundo semestre de 2020.
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“O Instituto Aço Brasil considera que a exportação é a alternativa de curto prazo para reduzir a ociosidade das empresas do setor”, diz o relatório do órgão.
“O maior incremento das exportações depende, no entanto, da recomposição do Reintegra, mecanismo pelo qual é feito o ressarcimento às empresas dos tributos presentes nas exportações que prejudicam a competitividade dos produtos brasileiros. O restabelecimento da alíquota do Reintegra no patamar de 3% possibilitará que a indústria de transformação recupere os níveis de produção anteriores ao início da pandemia e possa aumentar a oferta de empregos qualificados no país” complementou.
Segundo o IABr, a expectativa no mercado doméstico é que os projetos de infraestrutura e a construção civil sejam os principais drivers de consumo de produtos siderúrgicos, com uma retomada mais lenta dos demais segmentos consumidores, como o automotivo.
Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, concedeu coletiva online nesta segunda-feira e afirmou estar confiante na recuperação do setor nos meses finais do ano.
Segundo Lopes, as empresas deixaram de vender e faturar nos primeiros seis meses do ano e que “por conta disso, a grande prioridade foi a obtenção de crédito”.
“Esse, inclusive, foi o assunto mais discutido com o governo, já que o crédito não chegava na ponta”, afirmou, ao Broadcast/Estadão, defendendo que a indústria de transformação tenha do governo mais proteção para enfrentar os seus pares estrangeiros.
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