A Petrobras (PETR4, PETR3) vai reduzir a partir dessa sexta-feira (11) os preços médios do diesel na refinaria em 7% e os da gasolina, em 5%.
Esse é o terceiro corte consecutivo de preços dos combustíveis anunciado pela Petrobras. Apenas nessa semana, foram dois.
Somados a esses reajustes recentes, a gasolina vendida pela Petrobras às refinarias deverá acumular queda de 16,7%, ao passo que o diesel soma retração de 35%, desde o início do ano.
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As baixas sucessivas, de acordo com a companhia, se devem à queda da commodity no mercado internacional.
Desde o início deste mês, esses cortes vêm ocorrendo, mesmo com a valorização do real ante o dólar nesse período. Um mês antes, os combustíveis já haviam chegado ao patamar anterior à pandemia.
Neste ano, a Petrobras alterou 21 vezes a tabela de preços do diesel. Na gasolina, foram 26 alterações, até o momento.
O que você verá neste artigo:
Impacto internacional
A estatal tem como política de preços estabelecer paridade com a importação, refletindo o impacto da variação das cotações internacionais do petróleo e do câmbio.
Também contribuíram para o recuo das cotações, a frustração com a retomada da demanda e à incerteza dos investidores quanto à recuperação consistente da economia mundial.
Um reflexo evidente disso é o fato de o barril tipo Brent – referência internacional da commodity – ter ficado abaixo de US$ 40.
‘Janelas fechadas’
Para a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a tendência de baixa dos combustíveis no país pode ser interpretada como se “as janelas para as importações de diesel tivessem fechado”.
Com relação às importações de gasolina, o presidente-executivo da entidade, Sérgio Araújo, disse que “tais janelas já estavam cerradas”, de acordo com reportagem do G1.
Estabilização de preços
Ao mesmo tempo, Araújo sugere que a estatal “espere pela estabilização de preços, a fim de não prejudicar as importações e a demanda interna”.
Sua preocupação é evitar o encarecimento das importações, uma vez que a cotação do dólar continua avançando.
“Apesar do aumento de produção de diesel, ainda dependemos da importação para suportar a demanda”, justificou.
Diesel bate recorde
Na última quarta-feira (9), a Petrobras comemorou o terceiro recorde seguido de produção mensal de diesel com baixo teor de enxofre (S-10) – correspondente a 1.84 milhão de metros cúbicos.
O avanço do diesel coincide com a redução provisória na mistura de biodiesel no combustível fóssil – de 12% para 10% – que deve entrar em vigor ainda este mês ou em outubro, conforme determinação da Agência Nacional do Petróleo (ANP).