Principal estatal brasileira, a Petrobras (PETR3 PETR4) informou ao mercado que a dívida bruta será sua nova métrica de endividamento.
Isso porque o conselho de administração aprovou a revisão da métrica de topo de endividamento constante no Plano Estratégico 2020-2024.
Assim, a empresa substitui o indicador de dívida líquida/ Ebitda pelo indicador de dívida bruta.
Conheça planilha que irá te ajudar em análises para escolha do melhor Fundo Imobiliário em 2021
O Ebitda representa lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização. A informação foi publicada pela companhia na noite desta terça-feira (28).
Segundo a nota, a revisão da métrica considerou a alta volatilidade do indicador dívida líquida/EBITDA, extremamente sensível à volatilidade do Brent, e o foco da administração da companhia na redução de sua dívida total.
“A indicação da dívida bruta como métrica de topo reduz o impacto da volatilidade do preço do Brent e reflete de forma mais direta o endividamento da empresa”, informou.
Também, de maneira mais precisa, reflete as ações de gestão da companhia como redução de custos, revisão da carteira de investimentos e ajustes no capital de giro.
A meta aprovada de dívida bruta para 2020 é de 87 bilhões de dólares, mesmo patamar de fechamento de 2019, devido à adversidade no cenário global atual, em função dos impactos decorrentes da pandemia do Covid-19, bem como do choque de preços do petróleo.
“Cabe destacar que a companhia continua perseguindo a redução da dívida bruta para 60 bilhões de dólares. Este montante está em linha com a nova política de dividendos já anunciada, que prevê aumento da remuneração aos acionistas quando a dívida bruta alcançar esse patamar ou for inferior.”
Cálculo do EVA
O conselho também aprovou a atualização do cálculo do EVA® (Economic Value Added) para 2020, deforma a manter o incentivo correto e estimular o direcionamento das metas após a crise do Covid-19, que resultou em um cenário mais desafiador para criação de valor.
A atualização também considerou as realizações do ano de 2019. Assim, o indicador de meta de Delta EVA® consolidado foi revisto de 2,6 bilhões de dólares para 2,1 bilhões de dólares.
A métrica de segurança não foi alterada, permanecendo a meta de taxa de acidentados registráveis por milhão de homens-hora (TAR) abaixo de 1,0, com ambição de zero fatalidade.
A Petrobras diz reforçar seu compromisso com a gestão de seu portfólio e com sua estratégia sustentada pelos cinco pilares: maximização do retorno sobre o capital, redução do custo de capital, busca incessante por custos baixos, meritocracia e respeito às pessoas, meio ambiente e segurança.