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Guedes vê “boa vontade” do Congresso pela revisão do Orçamento de 2021

Guedes vê “boa vontade” do Congresso pela revisão do Orçamento de 2021

Paulo Guedes, ministro da Economia, disse que viu boa vontade dos envolvidos para que os excessos do Orçamento de 2021 sejam corrigidos antes da aprovação do Congresso.

Segundo o chefe da pasta, tanto o relator do Orçamento, senador Márcio Bittar, quanto os novos presidentes da Câmara (Arthur Lira) e do Senado (Rodrigo Pacheco) não “agiram de má fé”.

“Alguns excessos que ocorreram precisam ser removidos. Tenho certeza de que não foi nada de má-fé. É natural de um time que não jogou junto ainda. É natural que a soma das partes exceda o que era possível fazer. É da política. Disseram que havia desentendimento, mas estamos de acordo de que precisamos cumprir as exigências jurídica e política”.

Guedes fez tal afirmação durante uma videoconferência promovida por uma gestora de investimentos. Segundo reportagem do Estadão/Broadcast, o ministro afirmou que “mesmo que se cortem até R$ 13 bilhões em emendas, poderia restar algum vício de origem no texto”.

“Há intenção de cumprir os acordos pela parte política. A palavra final deve ser de cunho jurídico, mesmo. O importante é que tem uma base parlamentar conversando sobre Orçamento e está todo mundo junto querendo resolver. Os acordos já tinham sido acertados, o problema foi muito mais na execução”, comentou, revelando que levará “um certo tempo” para revisar as 5 mil páginas do documento.

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Paulo Guedes nega briga

De acordo com Paulo Guedes, não há qualquer clima de guerra entre a equipe econômica do governo e o Congresso Nacional sobre o Orçamento de 2021.

“Não é este o clima, de forma alguma. É muito mais um problema de coordenação da elaboração deste Orçamento. Estivemos conversando o tempo todo. Se a subestimação de despesa obrigatória fosse um pequeno erro de R$ 2 bilhões, R$ 3 bilhões, R$ 4 bilhões, poderia reduzir a estimativa inicial porque deve haver resultado positivo no programa de combate a fraudes. Mas não pode ser um número muito grande, para ser crível”, assegurou.

Segundo o ministro da Economia, as mudanças precisam ser juridicamente perfeitas e politicamente satisfatórias para que o orçamento fique redondo e dentro do que os cofres públicos podem aguentar.

“Os números de emendas saíram acima do que estava acertado com todo mundo, mas é tudo absolutamente republicano. São emendas que precisam se encaixar nos orçamento. É um exercício complexo, com muita gente envolvida, mas tem que valer os conceitos para que isso aconteça sem que se fure o teto”.

Segundo ele, o que muitos veem como briga é, na verdade, um pequeno desentendimento, mas em prol de um bem maior.

“Em toda informação, há dois componentes: o sinal do que realmente está acontecendo, e o que gente chama de barulho. Acho que nessa discussão, como em muitas outras, está se perdendo o conteúdo mais importante e se focando no barulho. As pessoas estão nervosas, irritadas, impacientes, e às vezes divulgam mais o barulho que o sinal”, concluiu