“O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”.
A afirmação acima, publicada em reportagem do Portal G1, foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, comparando o governo brasileiro (hospedeiro) e os servidores públicos (parasitas) para ilustrar a necessidade urgente da implantação das reformas administrativas propostas ao Congresso.
Guedes fez uma palestra na Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV EPGE), no Rio de Janeiro, e não poupou críticas aos aumentos anuais concedidos aos servidores públicos – parasitas, de acordo com sua visão.
De acordo com Paulo Guedes, os servidores já são privilegiados por terem estabilidade de emprego e uma boa aposentadoria. A questão do aumento anual, previsto em Lei, deveria ser revista, pois a “máquina pública”, composta pelas três esferas do governo, não se sustenta financeiramente.
“Nos Estados Unidos ficam quatro, cinco anos sem dar reajuste e quando dá todo mundo fica ‘oh, muito obrigado’. Aqui o cara é obrigado a dar [reajuste] porque está carimbado e ainda leva xingamento, ovo, não pode andar de avião”, comparou.
Todos a favor
O ministro da Economia mostrou confiança também em ter a aprovação não apenas do Governo, mas também da população brasileira às reformas sugeridas.
“O clima no Congresso é extremamente favorável, ao contrário do nosso clima no ano passado quando nós chegamos com a Reforma da Previdência”, comentou.
“A população também não quer isso: 88% da população brasileira é a favor, inclusive, de demissão no funcionalismo público”, emendou Guedes.
As propostas para revisão do aumento anual aos servidores públicos serão enviadas ao Congresso na próxima semana e deverão ser votadas até o fim do primeiro semestre.