A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reviu suas projeções para o PIB do Brasil e sobre a recessão global em 2020. Para melhor.
De acordo com os novos números divulgados pelo órgão, a contração da economia mundial deve ficar em 4,5% neste ano, número melhor do que o divulgado em junho, que era negativo em 6%.
Em relação ao PIB d Brasil, a OCDE agora prevê uma queda de 6,5% em 2020, também inferior à projetada no último levantamento, que era de 7,4%.
A OCDE destacou, no entanto, que “as perspectivas são muito incertas, porque dependem das hipóteses relativas à propagação do vírus e à evolução das políticas macroeconômicas”.
OCDE prevê recuperação mais lenta em 2021
Se a retração de 2020 será menor, a recuperação econômica em 2021 também será mais lenta, tanto no cenário global quanto no que tange somente ao Brasil.
Segundo a OCDE, a projeção é de um crescimento de 5% no PIB do planeta, ante estimativa anterior de alta de 5,2%.
A organização admitiu, no entanto, que uma segunda onda do coronavírus e uma nova adoção de rigorosas medidas para conter sua onda podem cortar essa projeção em 2 ou 3 pontos.
Para o PIB do Brasil, a projeção para 2021 é de uma alta de 3,6%.
China será exceção à regra
Segundo a OCDE, um país que destoará do cenário global será a China.
De acordo com as projeções, os asiáticos já têm previsão de alta de 1,8% do PIB em 2020, configurando-se como único país do G20 de potências econômicas a registrar crescimento neste ano.
Para os Estados Unidos, outra grande potência econômica do planeta, a OCDE previu queda do PIB de 3,8% em 2020, contra queda de 7,3% projetada anteriormente.
No eixo europeu, destaque para a Alemanha, que poderá ter uma retração de 5,4% e ser a melhor do bloco, seguida por França (-9,5%), Itália (-10,5%) e Reino Unido (-10,1%).
OCDE pede ações contínuas de apoio
A missão de transformar as novas e mais otimistas projeções em realidade caberá às ações dos governos.
Segundo a OCDE, é imprescindível que governos e bancos centrais mantenham ações para sustentar as rendas de famílias e empresas.
“Sem a reação rápida e em larga escala dos governos, e sem a intervenção consequente dos bancos centrais, a contração da atividade teria sido muito mais importante”, disse o órgão, em comunicado.
Leia também: Fed decide manter taxas de juros perto do zero