Dos R$ 228 bilhões de captação líquida que a indústria de fundos de investimento acumulou ao longo do ano, os fundos multimercados foram os maiores responsáveis por encorpar a cifra. No total, os multimercados movimentaram R$ 62,7 bilhões (27,5% do total), de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), no período que vai de janeiro a outubro.
Esse movimento ocorreu porque os fundos multimercados são a porta de entrada para os investidores que desejam arriscar um pouco mais. Ou seja, fundos dessa classe são compostos por uma parte em renda fixa e a outra parte em renda variável.
Com cenário de juros baixos, os investidores estão à procura de opções mais rentáveis que a renda fixa tradicional. Assim, os fundos multimercados são uma alternativa bem atraente para quem busca maior rentabilidade com risco moderado.
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Entretanto, o investimento nesse tipo de ativo requer cautela. O mercado está em alta, mas o jogo pode mudar a qualquer momento. É necessário estar ciente sobre os riscos associados à aplicação em fundos multimercados.
Custos embutidos em fundos multimercados
Para aplicar nesse tipo de ativo é necessário levar em conta custos como impostos, taxa de administração e taxa de performance. A taxa de administração costuma variar entre 1% a 2% ao ano. Já a taxa de performance é atrelada a algum benchmark, como CDI. Do excedente, são cobrados 20% da sua rentabilidade.
Semestralmente, acontece o come-cotas nos fundos multimercados. Evento marcado para o recolhimento de imposto de renda sobre os rendimentos auferidos, sempre em maio e novembro. A tributação pode variar entre 15% a 22,5%, dependendo do prazo de permanência no fundo.
Além do IR, se o investidor ficar menos de 30 dias na aplicação, deverá pagar imposto sobre operações financeiras (IOF).
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