O ministério da Economia atualizou nesta sexta-feira (22) a estimativa para o déficit primário do governo central em 2020.
Agora, a previsão é de que o rombo em 2020 fique em R$ 540,534 bilhões, recorde para o país, graças, segundo o governo, às medidas tomadas para tentar conter os impactos da pandemia do novo coronavírus na economia.
O resultado primário é soma de todas as receitas e despesas do governo, excetuando gastos com pagamento de juros. O resultado primário é importante porque indica, segundo o Banco Central (BC), a capacidade do governo de honrar seus compromissos.
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Em 2014, o resultado primário foi negativo pela primeira vez, desde que o BC passou a computar dados do setor público, que inclui governos federal, estaduais, municipais e empresas estatais, em 2001. O déficit foi de R$ 23,482 bilhões naquele ano.
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Série histórica
Desde 2014, o governo fecha as contas no vermelho. Em 2019, o déficit primário foi de R$ 95,065 bilhões. No ano anterior, negativo em R$ 120,221 bilhões.
A última vez que o país conseguiu ficar com as contas no azul foi em 2013, com R$ 72,159 bilhões.
Em 2020, por conta do estado de calamidade pública decretado pelo Congresso Nacional em março, o governo não precisará cumprir neste ano a meta de déficit primário, que já era maior do que a de 2019: R$ 124,1 bilhões negativos.
Ministério informa o aumento das despesas
No seu relatório de receitas e despesas do segundo bimestre, por conta dos gastos necessários ao enfrentamento da crise, o governo elevou as despesas primárias calculadas anuais de R$ 267,663 bilhões para R$ 1,753 trilhão.
Já a receita líquida, houve diminuição da expectativa em R$ 111,247 bilhões, chegando a R$ 1,213 trilhão, fruto da diminuição da atividade econômica.
Segundo informa a Agência Brasil, “os cálculos levaram em conta uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,7% este ano, que já havia sido divulgada mais cedo neste mês pela Secretaria de Política Econômica”.
No primeiro bimestre, o relatório calculava que o déficit primário seria de R$ 161,624 bilhões, um acréscimo de 30,21%.
Agora, chegando a R$ 540,534 bilhões, o acréscimo no rombo estipulado é de 35,53%.
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