Por essa Michel Temer (MDB) não esperava, ou será que esperava? A Polícia Federal informou que a investigação envolvendo o presidente apontou que ele teria usado imóveis da própria família para lavar dinheiro adquirido por meio de propina. O inquérito foi aberto há seis meses por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Polícia Federal detalhou o suposto esquema feito por Temer na tentativa de ocultar bens. Reformas em casa de parentes e dissimulação de transações imobiliárias teriam sido feitas com o dinheiro de propina. Os imóveis citados estão no nome da primeira-dama, Marcela Temer e do filho do casal.
[banner id=”teste-perfil”]
Guia definitivo sobre Renda Variável e os Melhores Investimentos para 2021
O valor da propina, segundo a PF, chega a R$ 2 milhões. O valor teria sido recebido em 2014 pelo amigo de Temer, coronel João Baptista Lima. Foi neste mesmo ano, 2014, que reformas foram feitas nas casas da filha e da sogra de Temer.
O dinheiro para tais reformas teria vindo da JBS e de uma empresa contratada pela Engevix, conforme informou a Polícia Federal. Em delação, executivos da JBS confirmaram o repasse de R$ 1 milhão ao atual presidente. Já um dos sócios da Engevix disse em proposta de colaboração, que foi procurado pelo coronel Lima em 2014. Na época, o coronel pediu R$ 1 milhão para a campanha de Temer.
O advogado do coronel João Baptista Lima nega a participação de seu cliente em atos ilícitos.
Alvo de mentiras
Na manhã desta sexta-feira (27), o presidente Michel Temer fez um pronunciamento oficial no Palácio do Planalto. Disse que está sendo alvo de mentiras e de tentativas de incriminar ele e sua família.
Temer falou ainda de “vazamentos irresponsáveis” e garantiu que vai pedir a apuração minuciosa ao ministério da Segurança Pública, ao qual a Polícia Federal responde. “Se pensam que atacarão minha honra, da minha família e vão ficar impunes, não ficarão sem resposta, como esta que estou dando agora”, finalizou.