Angela Merkel, chanceler alemã, quer definir rapidamente com Joe Biden, novo presidente dos Estados Unidos, um assunto que há muito tempo está na mesa, mas sem resolução: a criação de um imposto mínimo sobre as chamadas Big Techs.
A primeira ideia para a geração de uma regra para tributação de empresas como Google, Apple e Facebook surgiu durante a reunião da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2020. Agora, ela deverá ter sequência/
“Espero que com o novo governo dos EUA possamos continuar e intensificar o trabalho da OCDE sobre a taxação de companhias digitais”, afirmou Merkel.
Em 2019, a França criou um imposto de 3% em cima do volume de negócios das Big Techs, gerando inclusive um mal-estar com o então presidente norte-americano, Donald Trump.
O ex-presidente considerava esse imposto discriminatório e ameaçou taxar em até 100% os produtos franceses nos Estados Unidos, como queijos, vinhos e produtos de beleza.
Big Techs na mira
As chamadas Big Techs vêm sofrendo investigações nos Estados Unidos por acusações sobre abuso de poder e práticas anticompetitivas.
Um relatório nas mãos de uma Comissão do Congresso citou nominalmente as práticas de gigantes coo Apple, Amazon, Facebook e Google.
Segundo o documento, elas “se tornaram os tipos de monopólios vistos pela última vez na era dos barões do petróleo e magnatas das ferrovias”.
Google e Facebook já chegaram até a ser processados por monopólio e práticas anticompetitivas nos Estados Unidos. Todas as empresas, no entanto, se defenderam das acusações.