A recente saída do ex-juiz Sérgio Moro do governo Bolsonaro ampliou o conflito entre lava-jatistas e bolsonaristas. Os movimentos que foram às ruas pedir por mudanças na política em 2013, atualmente estão divergindo sobre a relação do atual governo. As informações são do portal Uol.
Muitos enxergam a situação como um desgaste na gestão, além de um “racha” na direita brasileira. Moro solicitou demissão, após Bolsonaro pedir a saída de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da PF. Segundo Moro, o presidente interveio politicamente na Polícia Federal.
Opiniões a respeito do governo Bolsonaro
Rogério Chequer, líder do movimento “Vem Pra Rua”, um dos mais famosos nos protestos de 2013, comentou sobre a situação: “O que ele [Moro] falou é gravíssimo, e se provado constitui crime de responsabilidade de Bolsonaro. A sequência de atos pode se constituir também crime de responsabilidade. O que aconteceu hoje [ontem] separa os mais radicais dos razoáveis, que estão dando vários passos para trás. Essas pessoas, sim, ficam agora absolutamente desiludidas. O apoio popular diminui, e o governo fica cada vez mais insustentável”. Atualmente, Chequer é filiado ao Partido Novo.
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A perda de apoio, a qual Cocher comentou, já não é uma novidade entre os líderes do Movimento Brasil Livre (MBL). Em 2019, o grupo retirou seu apoio ao governo de Jair Bolsonaro. O vereador Fernando Holiday (Patriota-SP), vê na figura do presidente um traidor, segundo informações do Uol.
“Bolsonaro é o maior traidor que a direita poderia ter nos últimos tempos. As acusações do Moro nas declarações indicam crimes de responsabilidades. Não nos resta outra coisa a não ser averiguar e considerar o impeachment. A direita foi rachada de vez”, afirmou o vereador Holiday.
Já Carla Zambelli, uma das ativistas com grande notoriedade nos protestos de 2013 mantém o apoio a Bolsonaro. “A situação como um todo me deixa muito triste. Mas não comentarei as declarações do Moro. Fico triste com a saída dele. Era uma pessoa extremamente importante para o governo. Um pilar do governo Bolsonaro. De todo jeito, com a saída dele, o governo tem que continuar. Como parlamentar da base do governo meu trabalho vai seguir”, comentou Zambelli.
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