A empresa sueca de pagamentos online Klarna é oficialmente a fintech de maior valor na Europa. A companhia afirma ter levantado US$ 650 milhões em uma rodada de financiamentos, o que fez seu valor de mercado subir a US$ 10,6 bilhões.
Segundo a CNBC, a rodada foi liderada pela Silver Lake Partners e pelo fundo soberano de Cingapura.
Participaram também a BlackRock e a HMI Capital.
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“Klarna é uma das fintechs mais inovadoras e promissoras do mundo”, disse à CNBC Jonathan Durham, diretor administrativo da Silver Lake Partners.
Segundo ele, ela vai redefinir “a experiência do comércio eletrônico para milhões de consumidores e varejistas globais”.
O que você verá neste artigo:
Klarna: “compre agora e pague depois”
A Klarna é mais conhecido por seu modelo “compre agora, pague depois”.
Ela oferece aos clientes financiamento sem juros em compras no varejo, com um parcelamento.
É basicamente um banco regulamentado que empresta dinheiro no ato da compra.
A Klarna paga um comerciante quando um cliente compra algo usando sua plataforma.
Depois, cobra dos compradores em várias prestações.
Concorrência
Seus concorrentes são aplicativo bancário britânico Revolut e o fabricante de software de pagamentos Checkout.com.
Segundo reporta a CNBC, o rastreador de unicórnios da CB Insights avaliou o Revolut, a Klarna e o Checkout em US$ 5,5 bilhões.
Isso antes da rodada de investimentos anunciada pela empresa sueca.
Outros concorrentes são a americana Affirm, que é liderada pelo cofundador do PayPal, Max Levchin, e a australiana Afterpay.
“No mês passado”, lembra a CNBC, “a Afterpay havia concordado em comprar a espanhola Pagantis, num acordo que permite sua expansão para a Europa, desafiando a Klarna”.
Tamanho da Klarna
Até o momento, o aplicativo Klarna tem mais de 12 milhões de usuários ativos por mês em todo o mundo.
São 55.000 downloads diários.
“Estamos em um verdadeiro ponto de inflexão tanto no varejo quanto nas finanças”, disse o cofundador e CEO da Klarna, Sebastian Siemiatkowski.
“A mudança para o varejo online é bastante tangível no comportamento dos consumidores, que agora buscam ativamente serviços que ofereçam conveniência, flexibilidade e controle sobre a forma de pagamento”, seguiu.
Além disso, a Klarna está experimentando um rápido crescimento nos EUA.
A pandemia, claro, ajudou, à medida que os consumidores buscam alternativas para comprar online.
Assim, a empresa adicionou mais de 35.000 novos varejistas durante o primeiro semestre de 2020.
Sua rede já tinha mais de 200.000 parceiros varejistas, incluindo nomes importantes como Sephora, Groupon e Ralph Lauren.
Os novos hábitos de consumo deram à Klarna um crescimento de volume e receita de 44% no primeiro semestre de 2020.
São mais 36% em comparação ao ano anterior, o que significa US$ 466 milhões.
Expansão e prejuízo
“Mas o crescimento do volume e da receita não se traduziu em lucro líquido”, lembra a CNBC.
A Klarna viu as perdas aumentarem drasticamente na primeira metade do ano, ao investir em uma expansão internacional e reservas para lidar com as perdas de crédito em meio à pandemia.
“O relatório provisório do primeiro semestre de Klarna mostrou um prejuízo líquido de US$ 59,8 milhões entre janeiro e junho, um aumento de sete vezes em relação ao prejuízo líquido no mesmo período do ano passado”, reporta a CNBC.
Com a pandemia, viram também as perdas com calores.
Eles quase dobraram para cerca de 1,2 bilhão de coroas sueca (em torno de US$ 136 milhões).
Klarna e as maiores fintechs do mundo
A arrecadação recente não apenas a torna a fintech de maior valor na Europa, mas também a quarta fintech de maior valor em todo o mundo.
A primeira é a Stripe, dos EUA, com US$ 36 bilhões. É uma empresa de serviços financeiros.
Depois, vem a One97, indiana de marketplace mobile que vale US$ 16 bilhões.
Então, aparece a Robinhood, norte-americana, também de serviços financeiros, que vale US$ 11,2 bilhões.
Daí, aparece a Klarna. Após a Klarna, em quinto lugar, tem a brasileira Nubank, com US$ 10 bilhões.