O governo do Japão aumentou as suas previsões para o crescimento econômico no próximo ano fiscal, devido ao auxílio de um pacote fiscal de 122 bilhões de dólares que ajudará a amortecer o impacto da demanda global mais fraca, segundo a Reuters.
O próximo ano fiscal terá início em abril de 2020 e a expectativa de crescimento econômico está em 1,4%, de acordo com as projeções do Escritório do Gabinete, que foram aprovadas nesta quarta-feira (18)
Conforme a publicação da Reuters, houve uma melhora de 0,2% em relação à previsão anterior do governo, que estimava um crescimento de 1,2%, em julho.
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Contudo, o governo manteve seu crescimento estimado de 0,9% para o atual ano fiscal, que termina em março de 2020.
Nessa perspectiva, as principais razões para esse aumento estão relacionadas à melhoria na demanda doméstica — devido ao forte investimento corporativo — e ao impulso de crescimento nos gastos públicos com o pacote fiscal que foi aprovado pelo Gabinete neste mês.
Ademais, o governo aguarda um crescimento dos gastos de capital em 2,7% no próximo ano fiscal, ante 1,9% na avaliação anterior — em julho.
Nesse sentido, a demanda pública deve adicionar 0,5% ao crescimento do PIB no ano fiscal de 2020, acima dos 0,2 pontos percentuais vistos anteriormente.
Em soma, o impulso advindo do pacote fiscal deve superar a fraqueza na demanda externa, à medida que a desaceleração do crescimento global ameaça marcar profundamente a economia.
Nem todas as expectativas são positivas
O governo espera um peso de 0,1% devido à demanda externa no próximo ano fiscal, em comparação com uma contribuição positiva de 0,2% vista anteriormente.
Desse modo, a dificuldade decorre principalmente da recuperação mais fraca das exportações, que irá expandir a um ritmo de 2,4% no próximo ano fiscal, abaixo dos 4,3% antes previstos, segundo o governo.
As projeções do banco vêm antes de uma reunião, na quinta-feira, em que o Banco do Japão deve manter a política monetária inalterada. Além disso, o pacote fiscal e o progresso nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China deve tirar alguma pressão para que o banco central apoie o crescimento.
Por fim, o Escritório do Gabinete projetou uma inflação geral ao consumidor, que inclui custos voláteis de alimentos frescos e energia, em 0,6% para este ano fiscal — até abril de 2020 — e 0,8% para o ano seguinte — a partir de março de 2020. Dessa maneira, a inflação geral irá permanecer longe da meta de 2% do banco central para o crescimento da economia.