O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), indicador que reajusta os aluguéis, subiu 1,95% na primeira leitura de março. No mesmo período de fevereiro, a alta foi inferior, de 1,92%.
Com o resultado, o IGP-M acumula alta de 7,21% no ano. E de 29,83% em 12 meses.
O IGP-M é formado por três indicadores. São eles: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Na proporção de 60%, 30% e 10%, respectivamente.
Nesta leitura, o IPA subiu 2,33%. O IPC, 0,79%. E o INCC, 1,24%.
“Os acréscimos registrados nas taxas dos grupos bens finais (0,21% para 1,62%) e bens intermediários (2,34% para 5,32%) revelam o espalhamento das pressões inflacionárias. Elas antes estavam concentradas no grupo matérias-primas brutas (4,45% para 0,46%). Os aumentos nos preços do diesel (3,32% para 18,90%) e da gasolina (11,18% para 15,48%) também contribuíram para o avanço das taxas de bens finais e intermediários”, afirma André Braz, coordenador da pesquisa.
IGP-M: preços ao produtor
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 2,33% no primeiro decêndio de março. Destaques para o subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -2,81% para 0,16%. E o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção foi de 1,15% para 14,04%.
IGP-M: preços ao consumidor
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC)passou de 0,19% no primeiro decêndio de fevereiro para 0,79% no primeiro decêndio de março. Vale mencionar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 2,88% para 10,00%. Também foram computados acréscimos nas taxas de variação dos grupos Habitação (-0,21% para 0,11%), Saúde e Cuidados Pessoais (-0,20% para 0,20%), Vestuário (-0,08% para 1,05%) e Alimentação (-0,04% para 0,16%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,91% para 0,15%), Comunicação (0,02% para -0,17%) e Despesas Diversas (0,29% para 0,13%) registraram decréscimo.
Custo da construção
O INCC subiu 1,24%. Materiais e Equipamentos foram de 1,23% para 2,57%. Serviços, de 0,71% para 0,67%. E Mão de Obra, de 0,08% para 0,28%.
BTG (BPAC11): IGP-M reforça desvalorização do real
Na avaliação dos analistas do BTG Pactual (BPAC11), a prévia do IGP-M reforça que o real deve continuar desvalorizando nas próximas semanas, causando uma forte pressão sobre os preços ao produtor. Além do indicador da inflação, outros fatores estimulam a alta do dólar: aceleração da curva de contágio da Covid-19 no Brasil, aprovação do pacote fiscal nos EUA e aceleração do rendimento dos juros de 10 anos americano.