A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão consultivo do Senado, divulgou nesta segunda que o governo gastou 54,3% do Orçamento de Guerra com a pandemia.
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O valor com os gastos gerados em créditos extraordinários até o momento somaram R$ 277,85 bilhões, pouco mais da metade dos R$ 511,27 bilhões aprovados.
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A maior parte do benefício foi destinada ao pagamento do auxílio emergencial (R$ 167,66 bilhões), seguida pela ajuda a Estados e municípios (R$ 30,1 bilhões) e dos gastos em ações de saúde no enfrentamento da pandemia, com R$ 23,68 bilhões.
Essa parcela, em especial, corresponde a 50,65 do orçamento aprovado para as ações com saúde, que totaliza R$ 46,78 bilhões.
Na quarta colocação do top 5 de gastos gerados em créditos está o Benefício Emergencial pago aos trabalhadores formais que tiveram contrato suspenso ou jornada reduzida por conta da pandemia – R$ 20,09 bilhões.
Fechando os cinco maiores gastos em ações aparece o aporte de R$ 15,9 bilhões do Tesouro Nacional no Fundo Garantidor de Operações (FGO), que cobre eventuais calotes no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), com 100% de execução.
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IFI mantém previsão do PIB para 2020
De acordo com o relatório divulgado pela IFI, a perda de receita líquida da União no primeiro semestre do ano somou 2,5% do Produto Interno Bruto do País, enquanto a despesa primária cresceu 40,3% acima da inflação do período.
A projeção para o segundo trimestre, que anteriormente era de 10,6% negativa, melhorou de acordo com o órgão, fechando o período em -8,8%.
A estimativa para o ano todo, segundo a IFI, não foi alterada, permanecendo em contração de 6,5%.
A projeção para a dívida bruta também foi mantida. Segundo o relatório, ela subiu 9,7 pontos no primeiro semestre, fechando junho em 85,5% do PIB.
Para todo 2020, a expectativa é que o parâmetro, usado pelo mercado internacional para avaliar o endividamento do país, se encerre em 96,1%, maior do que a previsão do fim do ano passado, que era de 75,8%.
“A preocupação maior reside na incerteza quanto ao pós-crise. Desde já, discute-se a relevância de o governo dar sinalizações claras em relação ao compromisso com o retorno a um modelo de ajuste fiscal que permita restabelecer as condições mínimas de sustentabilidade da dívida pública. Neste contexto, o teto de gastos exerce papel importante”, destacou o relatório da IFI.