O Instituto Aço Brasil (IABr) revelou nesta segunda-feira que o setor apresentou bons números na comparação interanual de julho.
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Segundo o órgão, a produção de aço bruto no País em julho aumentou 3,5% em relação ao mesmo mês de 2019.
Foram produzidas 2,6 milhões de toneladas do produto, fator que também influenciou no aumento das vendas.
Segundo o IABr, houve aumento de 8,3% de vendas internas entre 1 e 31 de julho na comparação com o mesmo mês de 2019, totalizando 1,7 milhão de toneladas.
O consumo aparente de produtos siderúrgicos também cresceu.
O relatório apontou que, em julho, houve aumento de 4,4%, correspondente a 1,8 milhão de toneladas.
Segundo o IABr, “os dados confirmam a trajetória de recuperação do mercado interno e, em consequência, a melhora da indústria brasileira do aço”.
Exportações preocupam IABr
O mais recente relatório do IABr mostrou que, mesmo com o crescimento interno, a capacidade instalada em julho foi de 60,5%, abaixo do que é considerado como ideal – entre 80% e 85%.
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Na visão de Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, esse fator está diretamente ligado à queda nas exportações, que tiveram retração de 18,6% na comparação com junho.
As exportações de julho foram de 875 mil toneladas, ou US$ 392 milhões, o que resultou em uma queda de 12,4% e 32,6%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2019.
As importações do mês também sofreram retração, pois fecharam em 146 mil toneladas (US$ 168 milhões), o que representou uma redução de 27,7%. Em valor, a queda chegou a 23,7% com o registrado em julho de 2019.
“O incremento das exportações tão necessárias à indústria do aço e a indústria de transformação como um todo, que também tem hoje elevada ociosidade, passa pela melhoria da competitividade, passa pela recomposição imediata e emergencial do Reintegra”, comentou Mello Lopes.
ICIA mostra melhora da confiança
O Instituto Aço Brasil também divulgou o Índice de Confiança da Indústria do Aço do mês de agosto.
O ICIA aumentou 8,0 pontos em agosto na comparação com o mês anterior, atingindo 70,8 na soma total.
Segundo Lopes, isso mostra o aumento da confiança dos CEOs do setor, que registrou alta pelo segundo mês consecutivo e apontou a melhora da percepção sobre a situação atual.
Os 8 pontos de alta registrados fizeram o ICIA ultrapassar o patamar pré-pandemia da Covid-19 (70,2 pontos em fevereiro) e atingir o segundo maior patamar da série histórica, iniciada em abril de 2019.