Apesar de ainda não ser um investimento destinado ao público em geral, a procura por fundos de Private Equity tem crescido no Brasil nos últimos anos.
Um estudo realizado pela plataforma de inovação aberta Distrito em conjunto com a Private Equity Bay mostra o maior interesse desses fundos em startups brasileiras. Segundo os dados, desde 2011, o Brasil acumula cerca de 54 transações, no valor total de R$ 6,6 bilhões. Porém a média de negociações vem crescendo ano a ano. Entre 2011 e 2016, havia cerca de três negociações anuais desse tipo. Já entre 2017 e 2020, a média passou para 8,5 transações por ano.
A seguir, entenda o que são e como funcionam os fundos de Private Equity.
O que são fundos de Private Equity
Os fundos de Private Equity são uma alternativa de investir em empresas, além das mais conhecidas, como ações ou fundos de ações, por exemplo. No entanto, diferentemente das ações, esses fundos investem em organizações que ainda não abriram o seu capital.
Basicamente, o objetivo de um Private Equity é aportar recursos em empresas que possuem bom potencial de crescimento no longo prazo. Para isso, os investidores, além do dinheiro, contribuem com a expertise no negócio. Isso porque, normalmente, quem investe em um Private Equity passa, também, a participar da gestão da empresa.
Tipos de investimentos em empresas de capital fechado
Dependendo do estágio de desenvolvimento da empresa, há diferentes formas de ela receber investimentos. Vejamos agora quais são.
Seed Capital
Também conhecido como “capital semente”, esse estágio vem logo depois do investidor anjo (aquele que dá o impulso inicial ao empreendimento). Pelo fato de investir na fase inicial do projeto, o seed capital é a modalidade de maior risco entre as três que veremos.
Venture Capital
Na fase do venture capital, as empresas ainda estão no início de suas atividades. Porém, já conseguem gerar alguma receita, embora não tenham necessariamente lucro nesse período.
Private Equity
Por fim, a fase do Private Equity é a mais madura, pois a empresa já está consolidada no mercado. Ou seja, esses fundos investem com o objetivo de crescimento do negócio ou de sua reestruturação, dependendo do caso.
Funcionamento dos fundos de Private Equity
Basicamente, existem três momentos distintos no funcionamento dos fundos de Private Equity:
1 – Fase de aquisição ou captação
Essa é a fase que precede a abertura do fundo. Nesse momento, os cotistas devem assinar a documentação na qual se comprometem com os aportes.
É na fase de aquisição que o gestor toma conhecimento do volume de recursos disponíveis no fundo. Por sua vez, os cotistas farão aportes de capital conforme forem solicitados.
2 – Fase de investimento
Aberto o fundo, começa a fase de investimento nas empresas. Esse é o período no qual efetivamente são postas em prática as ações para crescimento, governança e tudo o mais que estiver no projeto da investida. Normalmente, é durante a fase de investimento que as empresas organizam a abertura do capital.
3 – Fase de desinvestimento
À medida que são feitos os investimentos, possivelmente algumas empresas já começarão a pagar dividendos ou o próprio financiamento. Normalmente, esse é o momento do desinvestimento, ou seja, da saída do Private Equity do negócio.
No entanto, essa saída não é obrigatória, podendo o fundo continuar a participar da empresa caso seja essa a decisão dos investidores.
No caso de saída, uma das principais estratégias é o IPO, que é um processo bastante complexo. Isso porque é preciso um longo preparo para que a empresa chegue a esse estágio.
No artigo abaixo, saiba mais sobre o passo a passo para que uma empresa possa abrir o seu capital.
Se você quiser saber mais sobre esses fundos ou sobre outros investimentos, clique aqui e contate a assessoria da EQI Investimentos!