A crise na economia global causada pela pandemia do novo coronavírus fez os países fecharem 2020 com recorde de endividamento, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).
De acordo com o levantamento do Fundo, 90% dos países desenvolvidos estão mais endividados agora do que na última recessão global, que afetou a economia do planeta entre 2007 e 2009.
De acordo com matéria do Estadão Conteúdo, o site norte-americano Debtclock, que computa a dívida das principais economias mundiais, divulgou que a relação entre a dívida bruta pública e o PIB dos Estados Unidos é de 100,79%, algo que não acontecia desde a 2ª Guerra Mundial.
Os dados coletados de acordo com informações do FMI mostraram que o endividamento também cresceu acima da produção interna em outros gigantes econômicos, como Japão (269,62%), Itália (162,30%), Espanha (121,74%), França (116,35%), Reino Unido (108,08%) e Canadá (109,72%).
O Debtclock apontou que, no Brasil, o valor atual é de 108,31%, acima das estimativas oficiais do governo brasileiro, que ficam na casa dos 91% do PIB. Outros países importantes da América Latina estão aparentemente em situação melhor do que o Brasil, casos de Argentina (73,91%) e México (72,88%).
Segundo os dados divulgados pelo Estadão, os custos para conter (ou tentar conter) a pandemia de coronavírus no Brasil já passaram de meio trilhão de reais (R$ 508,3 bilhões).
Um levantamento do Bank of America mostrou que Japão, Itália e Alemanha encabeçam a lista dos 10 maiores volumes de estímulos em proporção da economia.
De acordo com apuração do BofA, feita com 97 países, além da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, os estímulos governamentais motivados pela pandemia atingiram cerca de US$ 25 trilhões, sendo US$ 15,23 trilhões vindos da política fiscal e US$ 9,32 trilhões da política monetária.
Na comparação com o PIB global, a cifra alcança aproximadamente 29%, com base nos cálculos do FMI (US$ 83,84 trilhões, dado de 2019).
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