Os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIS) ganham mais adeptos a cada dia. De janeiro a abril deste ano, 558 mil CPFs adquiriram FIIs e papéis similares (ETFs, Fidcs, FIPs).
Significa dizer que o investidor pessoa física está mais atento ao mercado de ações, em especial o de FIIS, pois já se deu conta de que nesse cenário a poupança não é vantajosa.
Dados da B3 indicam que em março, quando o Ibovespa derreteu 30% e teve seis circuit breakers, o pequeno investidor foi às compras.
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Esse contingente de novos aplicadores aumentou sua posição no mercado de ações no mês em R$ 17 bilhões.
Ainda segundo a B3, de janeiro a abril foram injetados R$ 33 bilhões a mais no mercado acionário vindos de brasileiros.
Inegavelmente, a Selic, agora em 3% ao ano, empurrou esse volume de pessoas para o mercado acionário. Isso porque essa taxa de juros deixa a renda fixa menos atrativa.
Ao todo, já são 2,3 milhões de CPFs no mercado acionário, quase três vezes o total de 2018.
Ações e FIIS
Apesar da volatilidade recente, quando a Bolsa saiu dos 63 mil pontos após os tombos de março para 80 mil pontos em maio, os estrangeiros marcaram a maior saída já registrada.
Eles tiraram R$ 71 bilhões do mercado acionário desde janeiro. Assim, o investidor pessoa física passou a representar 25% das negociações da B3 em maio.
Trata-se da maior participação desde agosto de 2010, quando eram 27%. À época, a Petrobras fez a maior oferta de ações brasileira da história e a Bolsa chegou a 610 mil CPFs.
Levantamento do aplicativo Real Valor, do fim de fevereiro até a última sexta (8), indica que 74% dos investimentos dos seus 20 mil usuários foram para a compra de ações, e 11% para Fundos Imobiliários.
Significa dizer que em valores, pessoas físicas e clubes de investimento atingiram 14,8% do R$ 1,8 trilhão do mercado de ações brasileiro em março, considerando ADRs (recibo de ação brasileira negociado nos EUA).
Estrangeiros ainda correspondem à maior parte, 51,6%, mas este é o menor percentual desde fevereiro de 2010.