O que o mercado imobiliário AAA (ou Triple A), aquele que se refere ao que há de melhor na categoria de empreendimentos corporativos na atualidade – pode oferecer para o investidor hoje?
Prédios luxuosos, localizados em regiões de altíssima valorização, como os da Faria Lima e região da Chucri Zaidan, ambas na cidade de São Paulo, sofreram durante a pandemia da Covid-19 e o inevitável home office.
A vacância em tais empreendimentos era impensável antes de março de 2020. Até que a necessidade de isolamento social foi amplamente recomendada pelas autoridades.
Muitas empresas chegaram a decretar o fim de suas atividades presenciais, prevendo um cenário mais duradouro do que realmente foi.
A vacinação contra a doença tem se mostrado eficaz para amenizar a gravidade da situação.
A sociedade pode, agora, respirar um pouco mais aliviada, assim como os investidores dos Fundos Imobiliários do segmento corporativo.
E para 2022, o que os grandes investidores estão esperando?
A Monett, plataforma de análises comandada por Felipe Paletta, conversou com esses grandes player para obter respostas.
Paletta é um dos palestrantes do FII Summit, maior evento sobre Fundo Imobiliários do Brasil.
- Você pode conferir o vídeo na íntegra e toda a programação do FII Summit de maneira totalmente online e gratuita, fazendo sua inscrição aqui.
Aprenda com os grandes nomes do mundo dos fundos imobiliários.
Acompanhe agora alguns pontos:
Mercado AAA anima investidores
Existem empreendimentos que “se vendem” por si só. É o caso das torres do Rochaverá, ícones da cidade de São Paulo e, também, uma das responsáveis pelo ingresso da região da Chucri Zaidan no hall de ativos de altíssimo padrão.
O empreendimento é um dos exemplos de imóveis que foram construídos dentro da estrutura do investimento privado e só depois foram adquiridos pelos Fundos Imobiliários.
Hoje, gestores de Fundos de ativos localizados naquela região estão confiantes de que aspectos como a localização manterão boas taxas de ocupação, bom custo de aluguel e o interesse de investidores atentos.
Eles acreditam na solidez deste mercado, embora ainda haja altas taxas de vacância em virtude da pandemia e do home office.
Para eles, a desvalorização é pontual e não reflete um sistema imobiliário quebrado ou sem futuro. Ao contrário, está repleto de oportunidades.
Dando suporte a essas projeções está a indústria de Fundos Imobiliários. Hoje muito mais madura e diversificada.
Ciclo do mercado imobiliário
Quem entende do segmento imobiliário sabe que o mercado é cíclico: existe o momento de expansão, super oferta, recessão e recuperação.
O que acontece é que dependendo de cada segmento, pode-se ter um ciclo mais curto ou mais longo.
Prova disso é o setor de logística que foi (no bom sentido) “a bola da vez” nos últimos dois anos.
O fator que mais contribuiu para isso foi a ascensão do e-commerce, que se acentuou na ocasião da pandemia, justificada pela necessidade de comprar online.
Além disso, este é um segmento mais favorecido quando o assunto é oferta de novos empreendimentos.
Isso porque a construção de galpões logísticos é mais rápida que a obra de um prédio corporativo.
O que garante que a oferta desses imóveis seja mais controlada, sendo possível dosar o momento certo de começar a construção ou “Built to suit”.
Setor logístico pode crescer exponencialmente
Este é um mercado que tem a possibilidade de dobrar de tamanho nos próximos 3 anos, acreditam os especialistas em Fundos Imobiliários.
E a pandemia apenas instaurou uma nova cultura de comprar online.
Analistas do setor calculam que essa nova demanda pode representar um crescimento exponencial por espaço de galpões: a cada US$ 1 bi de faturamento do e-commerce, deve gerar uma demanda de 100 a 120 mil metros quadrados de galpão, apontam.
Isso quer dizer que observando um cenário de 3 a 5 anos e considerando um crescimento do e-commerce entre 15 a 20%, é possível calcular a construção de 3,5 a 5 milhões de metros quadrados de galpão somente para atender a este segmento em específico.
Fundos Imobiliários: é agora ou nunca
Para quem já investe no setor, os Fundos Imobiliários estão em um ponto inicial na jornada brasileira.
Hoje, o mercado é representado por mais de um milhão e meio de investidores, segundo informações da B3.
De acordo com a Bolsa de Valores, a quantidade de CPFs por investidor em FIIs registrou aumento de 24% no período entre abril de 2021 e março de 2022.
O número saltou de 1,3 milhão, para 1,6 milhão de pessoas. O valor em custódia alcançou R$ 133 bilhões, alta de 13%.
A maioria dos investidores em Fundos Imobiliários é composta por Pessoa Física, o que representa 74% do volume total e mostra a confiança histórica do brasileiro no mercado imobiliário.
Em 2022, mesmo com a Selic ainda em tendência de alta, o ritmo de investimento em FIIs deve continuar ascendente.
Dessa forma, investidores atentos estão aproveitando as janelas atuais para a compra de fundos baratos e que continuam pagando bons dividendos.
A expectativa é de que em 5 anos, o mercado de Fundos Imobiliários alcance números na ordem de 5 a 10 milhões de investidores.
Isso tudo será reflexo de uma indústria muito mais líquida e madura.
O mercado já está mais sofisticado e com mais opções e as alternativas para as Pessoas Física ainda tem muito potencial para evoluir, considerando que o mercado brasileiro siga os passos dos mercados dos EUA e Europa.