Os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos dispararam na última semana. Chegaram a 3,283 milhões de pedidos, diante de 282 mil registrados no último dia 19 de março.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (26), pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos. E vieram bem acima da expectativa do mercado, que era de 1,650 milhão de novos pedidos.
Os valores da última semana foram corrigidos em 1 mil pedidos – anteriormente, havia sido divulgado 281 mil pedidos.
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O aumento de 3,01 milhões de pedidos de uma semana para outra é o nível mais alto de solicitações de auxílio já registrado desde a criação do índice.
A máxima anterior havia sido registrada em outubro de 1982, quando atingiu 695 mil novos pedidos de seguro-desemprego.
O relatório do Departamento do Trabalho enfatiza que o aumento extraordinário nos pedidos de auxílio-desemprego são decorrentes exclusivamente dos impactos do coronavírus.
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Os Estados pesquisados citaram aumento da procura decorrente do fechamento de vagas nas indústrias de serviços, especialmente os relacionados a hotelaria e alimentação. Assistência médica e social, artes, entretenimento e recreação também são setores fortemente impactados.
“Esta é uma situação única. As pessoas precisam entender que essa não é uma recessão típica”, afirmou o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, na manhã de hoje, ao canal de televisão NBC.
Desde o início do ano, os pedidos de seguro-desemprego estavam se mantendo dentro de uma faixa de 200 a 220 mil novas solicitações semanais. Apenas na última semana houve um aumento mais elevado. Confira na tabela abaixo como o indicador tem se comportado ao longo do tempo.