Os novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos ficaram, pela terceira semana consecutiva, abaixo de 1 milhão de reivindicações.
Vieram em 860 mil, quando o mercado esperava 850 mil. Na semana passada, foram 893 mil pedidos, ajustados de 884 divulgados anteriormente.
Desde o início da crise do coronavírus nos EUA, em março, foram 22 semanas com mais de 1 milhão de pedidos e agora quatro com leitura inferior a este número (em 13 de agosto, o registro foi de 971 pedidos).
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A semana mais crítica foi a de 28 de março, quando as reivindicações atingiram o recorde de 6,86 milhões.
Antes desta crise, o teto nos pedidos de seguro-desemprego tinha ocorrido em 1982, com 650 mil reivindicações.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (17), pelo Bureau of Labor Statistic (BLS), do Departamento de Trabalho americano.
Retomada do emprego desacelerou?
As reivindicações contínuas ficaram em 12.628 milhões, quando o mercado esperava por 13 milhões. Na semana passada, eram 13,544 milhões. O recuo sinaliza uma retomada do emprego, mas modesta.
O presidente do Fed, Jerome Powell, abordou este tema em sua coletiva de imprensa ontem (16), após o anúncio do Fed de manter as taxas de juros. “O caminho à frente permanece altamente incerto”, disse, enfatiznado a provável necessidade de mais estímulos fiscais para manter emprego e renda.
Seguro-desemprego pode ter resolução em dez dias
Democratas e republicanos ainda seguem sem uma definição quanto ao pacote de auxílio financeiro à população na pandemia, que incluiria um novo valor do seguro-desemprego.
Mas, ontem, a Casa Branca sinalizou que está avançando nas negociações com o congressistas e que um anúncio deve ser feito em breve.
Os interesses eleitorais têm atrapalhado as negociações, já que a eleição para a presidência acontece em novembro.
O benefício de US$ 600 semanais foi pago até o final do mês de julho. Desde então, o que vale são os US$ 400 semanais determinados por ordem executiva do presidente Donald Trump – US$ 300 pagos pelo governo federal, e US$ 100 complementados pelos estados.
Payroll aponta criação de 1,371 milhão de vagas em agosto
O último payroll (folha de pagamento não-agrícola, que é considerado o parâmetro oficial para emprego/desemprego) apontou a criação de 1,371 milhão de vagas de emprego em agosto, pouco abaixo dos 1,4 milhão projetados pelo mercado.
Em julho, o payroll confirmou a abertura de 1,763 milhão de postos de trabalho. Em junho foram 4,791 milhões.
A taxa de desemprego de caiu de 10,2% em julho para 8,4 em agosto.
O número de desempregados caiu 2,8 milhões, ficando em 13,6 milhões de pessoas.