A leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre nos Estados Unidos veio pouco melhor do que o mercado projetava. Apontou queda de 31,4%, ante recuo de 31,7% divulgados na segunda prévia. A primeira leitura apontava um tombo de 32,9%.
Ainda assim, o resultado é o mais baixo já registrado desde os anos 1940. Ele foi divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Bureau of Economic Analysis, do Departamento do Comércio dos EUA.
No trimestre anterior, que já captava em parte a crise decorrente da pandemia de coronavírus, a queda havia sido de 5%. E dois trimestres atrás, houve alta de 2,1%.
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Reprodução/BEA
Crise do coronavírus explica queda recorde
De acordo com o relatório, a revisão para cima na terceira estimativa refletiu principalmente uma melhora nas despesas de consumo pessoal (PCE) nos EUA.
Mas o o resultado capta uma mudança brusca na atividade econômica do país devido aos fechamentos decorrentes das medidas de isolamento social, com “consumidores e empresas cancelando, restringindo ou redirecionando seus gastos”.
Houve reduções nas despesas de consumo pessoal, exportações, investimento em estoque privado, investimento fixo e investimento dos governos estaduais e municipais. Todas estas foram apenas parcialmente compensadas pelo aumento nos gastos do governo federal, segundo o Departamento do Comércio.
O Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) teve queda de 1,6% no segundo trimestre. No trimestre anterior, ele registrou avanço de 1,3%.
Os gastos dos consumidores, que representam dois terços do PIB, caíram 33,2%, ante queda de 6,8% registrada no trimestre anterior.
PIB: previsão do FMI era de queda de 37%
O resultado do PIB, apesar de ser o pior trimestre da história, veio melhor do que a projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI). O fundo apostava em contração de 37% da economia americana.
Para o ano, a previsão é de queda de 6,6%.