O gasto do consumidor dos Estados Unidos foi modesto em julho. O Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE na sigla em inglês) subiu 1,9%, ante 6,2% (revisados) da leitura do mês anterior. A projeção do mercado era por resultado maior, de 2%.
O recuo no avanço decorre pelo aumento nos casos de coronavírus registrados naquele mês, além de uma cautela maior devido ao fim do auxílio emergencial de US$ 600 semanais.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (28), pelo Departamento de Comércio dos EUA.
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A renda pessoal cresceu 0,4%, superando as expectativas de uma ligeira queda de 0,2%.
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Gasto do consumidor representa 2/3 do PIB
O gasto do consumidor nos EUA representa cerca de dois terços do Produto Interno Bruto (PIB) do país e, portanto, tem grande peso para a economia. O resultado de julho aponta uma desaceleração nos gastos, com moderação na recuperação econômica após dois meses de ganhos mais fortes em maio e junho.
E, embora os gastos tenham aumentado nos últimos meses, os gastos totais permanecem abaixo dos níveis pré-pandêmicos.
Indecisão quanto ao auxílio piora consumo
O impasse quanto ao pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia aumenta a insegurança do consumidor. Democratas e Republicanos discordam quanto aos valores da proposta de manutenção dos pagamentos, em uma disputa às vésperas da eleição presidencial de novembro.
Enquanto não chegam a um acordo, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva. Ela determina o pagamento de US$ 400 semanais. Sendo US$ 300 a cargo do governo federal e US$ 100 a cargo dos estados. Mas muitos americanos ainda não conseguiram receber nem esta quantia.