A carioca Eneva, empresa brasileira integrada de energia, que atua nos setores de geração, exploração e produção de petróleo, gás natural e comercialização de energia elétrica, fez proposta de fusão à AES Tietê.
O documento foi enviado ontem (1) aos diretores e acionistas da companhia paulista. A fusão se daria por incorporação de ações, onde a Eneva seria a detentora dos ativos, mas que, ao final, geraria uma entrega de ações da Eneva aos acionistas da AES, além de pagamento em dinheiro.
A relação de substituição de ativos para a fusão seria de 0,0461 ações ordinárias de emissão da Eneva para cada ação ordinária ou preferencial da AES, ou 0,2305 por UNIT, mais R$ 2,750 bilhões em dinheiro, no total, equivalente a R$ 1,30 por ação ordinária ou preferencial, o que representaria no total R$ 6,6 bilhões, de acordo com o portal Estadão.com.
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Essa operação resultaria em 22,58% do capital social da Eneva. A fusão renderia ainda um prêmio de 13,3% sobre o preço do fechamento das ações de emissão da AES Tietê no pregão imediatamente anterior ao envio da proposta.
Plataforma
A junção das duas companhias, segundo a Eneva, criaria a segunda maior empresa privada de geração de energia com ações em bolsa de valores no Brasil. Além disso, resultaria em uma plataforma diversificada, equilibrada e irreplicável, expandindo as captações renováveis.
Isso porque, segundo o documento, o Brasil promoveu historicamente o estabelecimento de uma matriz energética predominantemente de fontes hidráulicas. Mais recentemente o país tem apostado em projetos renováveis, criando assim uma demanda.
O relatório afirma que a natureza destas fontes é ser sazonal. Por isso, a geração térmica e a gás tem se mostrado imprescindível para estabilizar o sistema elétrico nacional. “Uma plataforma bem equilibrada de ativos hídricos, renováveis e térmicos é mais eficiente”, diz.
Outro ponto positivo da fusão, afirmam, seria a estabilidade na geração de energia elétrica. “Isso traria previsibilidade e segurança na geração de fluxo de caixa, entre outros”, frisa a proposta, acrescentando menor risco econômico-financeiro e menor custo de capital.
Governança
Pela proposta, a governança da companhia combinada seria desenhada pelas duas empresas, juntamente com uma consultoria terceirizada.
A aprovação da fusão ainda depende de análise pelos acionistas das duas companhias reunidos em assembleia geral, além da aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).