A Embraer (EMBR3) sofreu depreciação de R$ 540 bilhões em sua operação de aviação comercial após ter cancelada a fusão com a Boeing.
Segundo os executivos da companhia, esse montante diz respeito apenas ao segundo trimestre de 2020 e não terá impacto nos trimestres à frente.
“Quando anunciamos a negociação com Boeing, pegamos a área de aviação comercial e colocamos como operação não continuada, o que significa que você cessa a operação durante esse período”, disseram.
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Segundo eles, devido ao encerramento da fusão, ao retomar as operações com a aviação comercial houve essa depreciação atípica. Contudo, não se repetirá nesse volume.
Os executivos da Embraer conversaram com jornalistas em coletiva de resultados via web na manhã esta quarta-feira (5).

Embraer.
EMBR3: Boeing
A parceria entre Boeing e Embraer foi celebrada no mercado nacional como o maior negócio de aviação brasileira.
Entretanto, a fusão foi cancelada 21 meses após ter sido anunciada. Os trâmites estão, atualmente, em processo de arbitragem na justiça.
Em abril deste ano as duas empresas trocaram acusações, após a norte-americana divulgar comunicado acerca da desistência do negócio, avaliado em US$ 4,2 bilhões.
Caso avançasse, a parceria criaria uma nova empresa na área de aviação comercial – a Boeing Brasil-Commercial -, em que os critérios da Embraer são 20% e os americanos, 80%.
EMBR3: prejuízo no 2TRI20
Também nesta quarta-feira (5) a companhia reportou prejuízo de R$ 1,07 bilhão no segundo trimestre de 2020.
Em igual período de 2019, a empresa tinha registrado prejuízo de R$ 57,6 milhões.
O Ebitda (lucro antes do IR, contribuição social, resultado financeiro e amortização) para o segundo trimestre sofreu forte recuo. Passando de R$ 259,6 milhões no segundo trimestre de 2019 para negativo em R$ 1,15 bilhão um ano depois.
Já a receita líquida apresentou retração na comparação anual. Entre abril a junho de 2020, a companhia registrou uma receita de R$ 2,86 bilhões. Isso representa uma queda de 47% sobre igual período de 2019, com R$ 5,4 bilhões.
A empresa encerrou o período com posição de dívida líquida de R$ 9,86 bilhões. Os números representam um crescimento sobre a dívida líquida do primeiro trimestre de 2019, com R$ 6,9 bilhões.
Veja o desempenho da EMBR3 versus Ibov em seis meses:
Fonte: tradingview.