Cotado a R$ 4,19 na manhã desta quarta-feira (4), o dólar pode atingir o patamar de R$ 4,50 – o que, mesmo assim, não influenciará a queda da taxa Selic.
Essa foi a posição de Mário Mesquita, economista-chefe do Itaú Unibanco, quando questionado sobre a possível influência do câmbio e da alta da moeda norte-americana junto ao Banco Central.
“O nível de câmbio que influenciaria o corte de juros está mais para R$ 4,50 do que para R$ 4,00. Não é o que estamos projetando, mas de certa forma esse seria o limite de tolerância”, comentou o executivo, durante coletiva de imprensa com a diretoria do Itaú BBA.
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Expectativa de 4,5%
A expectativa de uma nova queda da taxa Selic, agora para 4,5% ao ano, já no mês de dezembro, e de outros dois cortes menores no início de 2020 é vista com bons olhos por Mário Mesquita.
Para o executivo, um menor peso do crédito subsidiado fará com que a economia ganhe ainda mais tração em 2020, mantendo benigno o cenário da inflação no País.
Prova disso é que o mais recente relatório sobre o PIB (Produto Interno Bruto), que acusou crescimento de 0,6% no último trimestre de 2019, pode fazer o banco revisar para cima da projeção de crescimento neste ano, de 1% para 1,2%.
“O crédito vem se recuperando, e o consumo também. A demanda doméstica tem sido um fator de resiliência”, ponderou, apontando ainda que o mercado de trabalho ainda não melhorou da forma que podia, mas que ele “é o último a piorar e o último a melhorar também”.